O quebra-cabeça
Hoje do Jornal Umuarama Ilustrado traz uma reportagem especial sobre o triplo homicídio de pai, mãe e filha que chocou a cidade nesta semana.
Para facilitar a leitura e a compreensão de tudo o que a Polícia Civil tem até o momento dividimos em quatro matérias.
Os links para a reportagem completa você encontra ao final desta matéria
Desde o início das investigações a Polícia Civil trabalhou com a hipótese de que o triplo homicídio de pai, mãe e filha foi cometido por alguém com acesso a residência e próximo a família. E a suspeita foi ganhando mais força de acordo que o dia de segunda-feira (9) ia chegando ai fim.
De plano foi descartada a possibilidade de roubo seguido de morte, pois a casa não tinha sinais de arrombamento, os dois carros estavam na garagem abertos e havia falta de sinais que indicassem reações de defesa por parte das vítimas.
“Ainda cena do crime a Polícia Civil começou a receber informações de que o marido de uma das vítimas teria problemas familiares com eles e teriam constantes desentendimentos. Nós procuramos essa pessoa, conversamos com ela, que estava trabalhando em uma loja de sua propriedade. Ela já sabia do crime e trabalhava normalmente. Isso também causou estranheza. Ela foi questionada sobre os fatos e informou de maneira bem simples que não sabia de nada e continuou o atendimento na loja”, afirmou o delegado Gabriel Menezes.
Para a polícia, a reação de indiferença ao saber da morte da esposa e dos sogros, aliada as primeiras informações de que Jean Michel teria problemas de relacionamento com as vítimas o colocou como um suspeito.
E toda a coleta de provas realizada naquele dia levou a prisão em flagrante de Jean Michel acusado de ter matado a esposa e os sogros. A decisão foi tomada pelo delegado após um teste de luminol (reagente que ilumina o sangue) realizado no carro do comerciante, um GM Astra prata, dar positivo para vestígios de sangue.
Era a comprovação necessária que se juntou a outras evidências confirmadas anteriormente (ler matéria complementar.)
Os laudos finais com o detalhamento e contendo relatórios com a conclusão dos peritos ainda não haviam sido entregues à Polícia Civil até o fim da tarde desta sexta-feira (13).
A expectativa é que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponte os detalhes e a causa das mortes e os laudos periciais da Policia Científica conte como foi a dinâmica do crime.
Somente após é que a polícia terá condições de concluir as investigações e encaminhar o inquérito para a Justiça.
As informações reunidas até o momento indicam que o triplo homicídio ocorreu na noite de 8 de agosto, em um sobrado na avenida São Paulo, área central de Umuarama.
Segundo a polícia o casal Antonio Soares e Helena Marra foram os primeiros a morrer. Eles estavam sentados junto a mesa da cozinha quando foram surpreendidos com a agressão.
O primeiro a ser atingido foi o empresário, com um golpe certeiro de faca em seu pescoço, que teria atingido uma artéria,segundo a polícia. Ele ainda teria tentado correr para a porta, mas acabou caindo já sem vida.
Já Helena Marra foi atingida com um golpe por trás do pescoço, que quase a degolou, segundo a polícia. A suspeita é que ela tenha tentado levantar da cadeira e correr, mas infelizmente não conseguiu fugir. Morreu a poucos passos do marido.
Ainda segundo a polícia, após o criminoso teria acessado o segundo andar do sobrado pela ‘passagem secreta’ e matado Jaqueline Soares.
A advogada apresentava duas facadas no peito, um corte profundo na garganta que quase a degolou, além de uma série de ferimentos nos braços, mãos e rosto que seriam de defesa, segundo a polícia.
Essa agressividade seria indicativo que a advogada seria o alvo principal do assassino, para a polícia.
O conjunto de provas reunido até o momento pela Polícia Civil aponta que o crime pode ter sido premeditado.
No Dia dos Pais (8) Jean Michel contou que esteve no sobrado por volta das 13 horas, e levado um presente ao sogro. Mas que a visita teria sido rápida e que durante a noite teria permanecido em casa. Ele nega desde o início ter voltado ao imóvel naquele dia.
Segundo a Polícia Civil o comerciante teria retornado ao imóvel durante a noite e matado pai, mãe e filha. Ainda segundo a polícia, Jean Michel não teria levado o celular consigo para ter um álibi e também impedir a polícia de fazer um rastreamento através do aparelho.