EM IPORÃ
A Justiça de Iporã determinou o bloqueio de R$ R$ 6.437.459,47 em bens do prefeito afastado do Município, Roberto Silva e outros 34 réus acusados de cometer atos de improbidade administrativa em ação civil pública movida pelo Ministério Público. A decisão liminar saiu nesta quarta-feira (19) e cabe recurso.
Roberto Silva está afastado do cargo desde outubro de 2019, por decisão do Tribunal de Justiça, quando foi deflagrada a Operação Cleptocracia. Na ocasião também foi afastado e preso o então secretário municipal de Compras e Licitações. A investigação envolveu ainda empresários e empresas.
Deflagrada em outubro do ano passado pelo núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça de Iporã, a operação Cleptocracia apurou a existência de uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de fraude em licitações, corrupção passiva, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, liderada pelo prefeito de Iporã e integrada por agentes públicos e parentes do gestor.
Licitação inexistente
A diversidade de crimes praticados pelos réus originou diversos processos. A ação que gerou a decisão de bloqueio de bens diz respeito a fraudes em pregão presencial destinado à construção de um abatedouro de frangos para o município. As investigações apontaram que o procedimento licitatório, embora homologado, nem sequer existiu.