MP-PR
O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Iporã, deflagrou nesta terça-feira (9) quatro operações executadas com apoio do núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Federal.
Segundo assessoria do MP-PR, a Justiça emitiu mandados de busca e apreensão contra vereadores de Iporã e determinou o afastamento do presidente da Câmara de Vereadores e mais dois servidores, além da prisão do secretário Municipal de Licitações, de três empresários e a suspensão de contratos do Município com uma empresa investigada.
No total das quatro operações, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, em residências, em gabinetes de vereadores, no Setor de Licitações da Prefeitura e na sede de uma empresa.
Atendendo pedido da Promotoria Eleitoral de Iporã, a Justiça Eleitoral expediu oito mandados de busca e apreensão, cujo cumprimento foi realizado pela Polícia Federal, buscando apurar a prática de crimes eleitorais durante o pleito de 2016 (compra de votos). Foram alvos da operação vereadores no exercício do mandato.
Com apoio do Gaeco, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em investigação cível que apura a prática de atos de improbidade de vereadores de Iporã, decorrentes de enriquecimento ilícito ante a evolução patrimonial incompatível com o trabalho exercidos pelos investigados.
A investigação apura a prática dos crimes de falsidade ideológica, organização criminosa e crime contra a lei de licitações, em prejuízo ao Município. Com apoio do Gaeco, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Decisão judicial relativa a essa operação determinou a suspensão do exercício da função pública do atual presidente da Câmara de Vereadores e de outros dois servidores do Legislativo Municipal.
A investigação apura a prática dos crimes de organização criminosa e crime contra a lei de licitações, em prejuízo ao Município de Iporã. Também com apoio do Gaeco de Cascavel, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Decisão judicial no âmbito dessa operação determinou a prisão do atual secretário de Licitações de Iporã e de outras três pessoas, bem como a suspensão de contratos do Município com uma empresa investigada. Também foi alvo de mandado de busca e apreensão e da proibição de contato com os investigados o ex-secretário de Licitações, preso na Operação Cleptocracia, deflagrada em outubro de 2019.
Promovida pelo Gaeco de Cascavel e pela Promotoria de Justiça de Iporã, a Operação Cleptocracia em 2019 revelou a existência de organização criminosa dedicada à prática de crimes licitatórios, corrupção passiva, falsidade ideológica e peculato, resultando no afastamento do prefeito e da procuradora então em exercício e na prisão de cinco pessoas, com o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão em diversas cidades e na suspensão de contratos de 12 empresas investigadas.