CONFIRMADO
Além de liderar a estatística em número de casos de dengue na cidade e estar entre as três unidades de saúde com maiores índices de infestação pelo mosquito transmissor da doença, a região do Jardim Panorama teve confirmado nesta quinta-feira, 30, um caso de febre chikungunya – o segundo registrado no município, no atual epidemiológico. O primeiro caso ocorreu no distrito de Serra dos Dourados. A confirmação foi feita pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Há ainda quatro pessoas com sintomas da doença, aguardando resultados de exames. As suspeitas seguem em investigação no Lacen. “A situação do segundo paciente é estável, porém a chikungunya é uma doença perigosa, transmitida pelo mesmo mosquito da dengue. Os sintomas são parecidos, porém mais intensos”, afirmou a diretora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Sandra Pinheiro.
A orientação para a população é procurar as unidades de saúde caso apresentem sintomas como febre persistente, dores intensas nas articulações, nas costas e pelo corpo, erupções avermelhadas na pele e dor de cabeça. Os sintomas aparecem geralmente depois de uma semana de infecção.
A melhor arma para combater a doença é a prevenção. “Tanto no caso da dengue quanto da febre chikungunya e do zica vírus, o melhor a fazer é prevenir a infestação do mosquito Aedes aegypti. O índice está elevado em Umuarama – atinge em média 3,4% das residências, conforme o último levantamento”, alerta a coordenadora da Vigilância Ambiental, Renata Ferreira.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Lisboa, Sonho Meu, Panorama e Primeiro de Maio são as mais críticas, respectivamente com 9,8%, 8,2%, 7% e 6% dos imóveis infestados por larvas do mosquito. “Nas imediações da Praça Portugal os agentes de combate a endemias encontraram larvas em 20% dos imóveis visitados e nas proximidades da Escola Souza Naves, o índice foi de 16%”, acrescentou.
Renata Ferreira apela para a consciência da população. “Cada um tem de fazer sua parte”, diz. É preciso cuidar melhor do quintal, eliminar ou armazenar bem os recicláveis e materiais que possam acumular água e observar a vizinhança. “O clima está bem propício à proliferação de pernilongos, tanto do vetor da dengue como do comum. O trabalho dos agentes não para, mas a função maior é a prevenção”, acrescentou.
A coordenadora garante: tudo que está ao alcance dos agentes vem sendo feito, mas a população precisa ficar atenta. A pulverização é uma ação extrema, autorizada apenas em locais com casos confirmados. “‘Passar veneno’, como diz a população, não resolve o problema se os criadouros do mosquito não forem eliminados”, alerta. O fumacê só mata o mosquito adulto (com asas) e é agressivo ao meio ambiente, afetando outras espécies inofensivas e importantes ao equilíbrio ambiental.