Saúde
Boletim Epidemiológico da Dengue divulgado nesta terça-feira (29) pela Secretaria de Estado da Saúde mostra que mais um município entrou em situação de epidemia para a doença.
Quinta do Sol, na região de Campo Mourão, registra 18 casos autóctones de dengue. Na mesma situação de epidemia estão Inajá, com 32 casos, e Santa Isabel do Ivaí, com 43. O município é declarado em situação de epidemia quando registra, proporcionalmente, 300 casos para 100 mil habitantes.
A publicação aponta 819 casos confirmados no Estado, com 89 a mais que na semana anterior. Do total, 657 são casos autóctones, contraídos na cidade de residência, e quatro municípios apresentaram autoctonia pela primeira vez neste período: Santa Tereza do Oeste, Perobal, Marilena e Primeiro de Maio.
O Paraná registra 7.530 notificações para a dengue. O monitoramento atual começou no mês de agosto. “A Secretaria da Saúde, por meio das Regionais e em parceria com os municípios, segue com as medidas preventivas, principalmente capacitando profissionais para manejo clínico da doença agilizando atendimento, diagnóstico e tratamento”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Segundo ele, é fundamental a participação da população na eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti, que se formam em locais e recipientes que acumulam água parada. Mais de 70% dos criadouros ainda estão nas residências e imóveis comerciais e é necessária a mobilização de todos para o fim destes focos. “O verão está aí, o período de festas e férias também, e queremos que seja uma estação tranquila para todos os paranaenses”, acrescenta o secretário.
Levantamento da Secretaria da Saúde sobre tipificação do arbovírus circulante mostra que 60% dos casos são de infecção pelo DEN 2. O Lacen (Laboratório Central do Estado) analisou 160 amostras, que apontaram esta prevalência.
Existem quatro sorotipos de dengue – DEN1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4. Não há diferença entre eles, todos são transmitidos pela picada do Aedes aegypti. “A infecção por um sorotipo gera imunidade permanente apenas para ele, o que significa que a pessoa pode contrair os quatro tipos de arbovírus. E ter dengue mais de uma vez aumenta o risco de formas mais graves da doença”, explica a coordenadora da Divisão de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.