Cotidiano

IPORÃ E ALTÔNIA

Quadrilha é suspeita de forjar roubos para fraudar seguro de cargas

10/01/2019 16H52

IPORÃ E ALTÔNIA: Quadrilha é suspeita de forjar roubos para fraudar seguro de cargas
A carga foi recuperada na manhã de segunda-feira (7), em um salão comercial fechado em Iporã (foto divulgação Polícia Civil)

Altônia – A Polícia Civil suspeita de atuação de uma quadrilha que forja roubo de cargas com a intenção de fraudar o seguro. O esquema foi descoberto durante a investigação que recuperou em Altônia e Iporã nos últimos sete dias duas cargas de óleo de soja roubadas no interior paulista no fim de 2018.

Segundo o delegado da Polícia Civil de Altônia, Reginaldo Caetano da Silva, um mesmo motorista aparece como vítima de mais de um roubo, indicando a ocorrência da fraude. Ainda segundo Caetano, a princípio nove pessoas foram identificadas até o momento, incluindo moradores de Altônia, Iporã e Cambé, no Norte do Estado.

“Há indícios do envolvimento de várias pessoas, desde motoristas de caminhão, intermediadores/receptadores e comerciantes/receptadores na região e que o esquema é antigo, tanto que há suspeita de que cargas de arroz, açúcar, leite e até materiais para construção, todas roubadas foram trazidos para a região”, afirmou Caetano.

Todos os suspeitos devem responder por receptação qualificada e associação criminosa, com pena que ultrapassa os dez anos de reclusão, segundo a polícia.

Quadrilha é suspeita de forjar roubos para fraudar seguro de cargas
A carga de oleo Coamo roubada estava escondida no salão comercial no centro de Iporã (foto divulgação Polícia Civil)

CARGAS RECUPERADAS

Policiais civis de Altônia e Iporã recuperaram na manhã de segunda-feira (7) mais uma carga de óleo vegetal da marca Coamo. As mercadorias estavam em um prédio comercial fechado, na rua Ari Barroso, no centro de Iporã. No local foram encontrados 846 caixas do produto, avaliadas em R$ 80 mil, segundo a polícia.

De acordo com o delegado, no local ninguém foi preso, mas duas contas de água foram apreendidas e levaram ao dono do imóvel, que relatou que o prédio estava cedido a uma terceira pessoa, conhecida pelo apelido de “Monstrinho”.

“A princípio esse ‘Monstrinho’ que receptou a carga de óleo marca Coamo, dada como roubada em 28 de dezembro último no município de Botucatu, no interior paulista”, afirmou o delegado.

Segundo Caetano, essa apreensão foi desdobramento das investigações que no último dia 03 levou à apreensão de metade de outra carga de óleo da marca Leve também roubada no interior paulista. As mercadorias estavam escondidas em um barracão em Altônia e avaliadas em R$ 83 mil. A outra metade já havia sido receptada por comerciantes de Altônia.