GOLPE
Umuarama – A Polícia Civil recuperou parte dos pneus e identificou ao menos dois suspeitos de aplicar golpes em borracharias de Umuarama. Na tarde desta sexta-feira (25) pelo menos duas vítimas já reconheceram as mercadorias.
Os oito pneus apreendidos estavam na casa de um empresário de 47 anos, do ramo de terraplanagem, na avenida Rio de Janeiro, no centro da cidade. Segundo a polícia, por enquanto, ele está sendo considerado um comprador de boa-fé. A esposa do empresário foi levada para a delegacia onde prestou depoimento acompanhada de um advogado.
“Graças a Deus que recuperei esses pneus. Estou aliviado. É pouco dinheiro, mas faz muita falta para a gente”, afirmou o borracheiro Joaquim Francisco de Brito, 57 anos. Ele recuperou os dois pneus que vendeu por R$ 1,3 mil.
Segundo o delegado-chefe da 7ª SDP, Osnildo Carneiro Lemes, os investigadores do Grupo de Diligências Especiais (GDE) chegaram até aos suspeitos a partir de informações fornecidas pelas próprias vítimas.
“Um dos suspeitos já foi reconhecido por cinco das sete vítimas”, ressaltou o delegado. O homem de 41 anos tem mandado de prisão expedido pela comarca de Alto Piquiri pelos crimes de estelionato e lesão corporal. Ele e o comparsa, de 50 anos, são moradores de Umuarama e estão sendo procurados pela polícia.
De acordo com o delegado, há o envolvimento de outras pessoas no golpe. Segundo Lemes, pelo menos mais uma já foi identificada. Ela seria a responsável pela abertura de conta-corrente em nome de uma empresa fantasma.
“Acreditamos que essa conta foi aberta com a finalidade de aplicar o golpe, de lesar. Inclusive o endereço da empresa fantasma é de um terreno vazio”, afirmou Lemes. A polícia não divulgou o nome deste terceiro estelionatário.
Ainda segundo o delegado, as outras folhas de cheque usadas pelos criminosos eram todas furtadas ou extraviadas. “A princípio os demais titulares das contas são pessoas de boa-fé que tiveram folhas de cheques furtadas ou extraviadas”, esclareceu o policial.
Segundo a polícia, o estelionatários se passavam por caminhoneiros que estavam com caminhão precisando urgente de pneus e parado na estrada. Faziam sempre o primeiro contato via telefone dizendo que outro borracheiro conhecido da vítima a teria indicado.
Realizava a compra dos pneus recauchutados e sempre a busca da mercadoria era feita por um veículo fretado, que fez as entregas na avenida Zaeli. O pagamento era feito sempre com cheque pré-datado. Entre julho de 2018 e janeiro de 2019 pelo menos sete borracheiros foram lesados. O prejuízo passa dos R$ 15 mil.