

FORAGIDO
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou nesta quinta-feira (5) o nome e a fotografia do professor Carlos Fermino de Paulo, suspeito dos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável que teriam sido cometidos contra cinco alunas do Colégio Estadual Hilda Kamal, de Umuarama. Contra ele tem um mandado de prisão preventiva e o educador é considerado foragido da Justiça. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil.
Segundo a Polícia Civil, desde o dia 27 de novembro os agentes vem tentando localizar o suspeito após a expedição de um mandado de prisão pela 1ª Vara Criminal da cidade.
De acordo com a delegada da PCPR Maria Julia Gonçalves, os crimes teriam ocorrido entre abril e agosto deste ano e têm como vítimas cinco meninas, com idades entre 11 e 14 anos.
“Interrogado durante a fase inicial do inquérito policial, o suspeito negou as acusações. No entanto, diante das evidências colhidas, foi solicitada a sua prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça”, explica.
Após a emissão do mandado, o homem foi procurado em sua residência e locais de trabalho, mas não foi encontrado e permanece foragido.
Além de professor, Carlos Fermino de Paulo é padre e no momento estaria afastado das funções eclesiais. Segundo o apurado, o sacerdote chegou a realizar celebrações em Mariluz, distante 35 km de Umuarama.
Em contato com a Diocese de Campo Mourão, foi informado que o sacerdote nunca teve ligação oficial com a diocese e que por um curto período de tempo conseguiu uma autorização especial para presidir celebrações em Mariluz, durante o período em que permaneceu na cidade para cuidar da mãe doente. Também foi informado que o padre seria ligado a Diocese de Lajes em Santa Catarina. O Ilustrado tenta contato com a Diocese para aguardar a confirmação.
A PCPR solicita a colaboração da população com informações que levem à captura do investigado. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197 da PCPR, 181 do Disque Denúncia ou (44) 3639-6557, diretamente à equipe de investigação.
Os crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável vieram a tona no fim de agosto, quando uma aluna de 11 anos formalizou a denúncia contra o professor junto a direção da escola. Na sequência outras vítimas endossaram novas denúncias pelo mesmo crime e o Núcleo Regional de Educação afastou o docente e abriu um procedimento administrativo.
Em paralelo, a Polícia Civil, através da Delegacia da Mulher abriu um inquérito para apuração dos fatos, que levou a decretação da prisão preventiva do professor.
Na época, o NRE disse em nota que “A direção da escola lavrou uma ata com a descrição dos relatos e procedeu com o acolhimento da vítima, orientando à responsável lavratura também de boletim de ocorrência policial. A ata elaborada pela direção foi encaminhada à ouvidoria do Núcleo Regional de Educação de Umuarama, conforme protocolo, para análise e cumprimento das medidas trabalhistas e legais cabíveis”, segue o documento.