Rodovia BR-487
O trecho de pavimentação da estrada Boiadeira – BR-487, entre Icaraíma e Santa Elisa, que era para ser entregue em dezembro deste ano, vai atrasar. O motivo seria a falta de recursos do Governo Federal. Sem o dinheiro da União, nesta semana vários funcionários foram dispensados e os maquinários estão parados no pátio da construtora às margens da rodovia.
Segundo o engenheiro chefe de serviço e fiscal de contrato da regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte ( DNIT), José Carlos Beluzzi de Oliveira, a obra está em ritmo de desaceleração e por isso a maioria dos trabalhadores está sendo dispensada, por falta de recursos federais. “Para o ano que vem nós temos uma premissa do Governo Federal de liberar R$ 15 milhões, praticamente 10% do R$ 150 milhões de orçamento para tocar a obra”, disse.
Sem o dinheiro, desta forma, só uma equipe mínima de manutenção permanecerá na rodovia até que haja dinheiro no orçamento para continuar. “A obra não paralisou, estamos reduzindo atividades afins, como implantação e terraplanagem até aguardar a colocação de recursos no orçamento para o ano que vem, quando voltamos com o projeto”, explicou o engenheiro.
Devido ao histórico negativo da pavimentação da Estrada Boiadeira, a comunidade local vê com maus olhos a redução de atividades no lote atual. Com muitas propriedades rurais situadas ao longo da rodovia em construção, os agricultores pedem agilidade na conclusão dos serviços. Para eles, existem transtornos que não podem ser prolongados, devido à falta de recursos oriundos do Governo Federal.
A atual pavimentação da rodovia BR-487 seguiria o traçado ligando o Porto Camargo até Serra dos Dourados (distrito de Umuarama). Na primeira fase do projeto, a obra seria executada do entroncamento da PR-082 (Saída para Ivaté) rumo ao distrito de Santa Elisa. Alguns quilômetros já recebem asfalto e também melhorias como canaletas, drenagens e tubulações.
O projeto completo de 46,917 Km tinha o prazo para ser finalizado em 27 meses e a primeira etapa de 8 quilômetros era para ser entregue em dezembro.
O lote A1 contempla ainda 9,7 km no contorno sul de Icaraíma, 4 km contorno noroeste de Santa Elisa, melhorias de acesso e infraestrutura de escoamento de águas e seria orçado em R$ 171,997 milhões a preços iniciais.
A pavimentação da rodovia será feita com 15 cm de solo melhorado coberto por mais 15 cm de solo-cimento, seguido duas camadas de asfalto CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) e CBUQ com polímero, cada uma com 4 cm. Também serão construídos neste trecho inicial dois bueiros para escoamento de águas, um passa-gado, uma trincheira e terceiras faixas em determinados pontos.