outubro rosa
Para muitas mulheres, a maternidade é algo bastante esperado e a chegada de um novo membro na família é sempre motivo de alegria. Mas, como lidar com as emoções ao descobrir um câncer de mama após 4 meses do nascimento do primeiro filho? Foi por esse desafio que Giani Lubczyk, 32, passou. “Eu tive um inchaço na mama, que se confunde com mastite, não é um sinal comum do câncer de mama. No início, meu ginecologista tratou como mastite, porque eu tinha acabado de ganhar neném, mas mais ou menos após um mês, ele disse que eu deveria procurar um mastologista. Eu fui, fiz a biópsia e o resultado de câncer veio”. Além do inchaço, ela conta que a mama também apresentou vermelhidão e desde o nascimento do filho, nunca conseguiu amamentar.
De acordo com o oncologista clínico do Hospital do Câncer Uopeccan de Cascavel Lucian Lucchesi, essa manifestação do câncer não é muito comum durante a gravidez. “No período gestacional, pelas alterações hormonais, a mulher tende a ficar mais protegida da doença e com a evolução desta dificultada. Isso poderia influenciar na percepção somente alguns meses após o final da gravidez”.
Giani é de Pitanga, a 296 km de Cascavel, um trajeto de 4 horas. Por conta da distância, durante o início do tratamento, precisou se mudar para a cidade por 30 dias. “Viemos o meu marido e eu, como meu filho era muito pequeno, às vezes nós trazíamos junto. Essa foi a pior parte, pensar no bebê pequenininho que precisava de mim e eu não sabia se ia passar bem no tratamento ou não”, relata.
Além do tratamento com quimioterapia e radioterapia, Giani passou por uma cirurgia de mastectomia e reconstrução da mama. Atualmente, o tratamento se encerrou e a mensagem que ela deixa é de força: “tudo passa, é preciso ter fé, força de vontade e não se desesperar, vai passar. Terão dias bons e ruins, mas todos passam”.