Cotidiano

CRIME BÁRBARO

Jovem confessa que premeditou morte de taxista em Alto Piquiri, diz polícia

18/11/2019 20H12

Jornal Ilustrado - Jovem confessa que premeditou morte de taxista em Alto Piquiri, diz polícia
O delegado da Polícia Civil Adailton Ribeiro Júnior

Umuarama – O jovem de 18 anos que assumiu ter matado o taxista Osvaldo Borges, de 64 anos, afirmou em depoimento à polícia que premeditou o crime. Segundo o delegado da Polícia Civil de Alto Piquiri, Adailton Ribeiro Júnior, o suspeito disse ter planejado e que desejava matar a vítima.

MOTIVOS PESSOAIS

“Ele alegou motivos pessoais para cometer o crime. Essa é a versão dele. Estamos investigando para saber se essa foi realmente a motivação desse crime bárbaro”, afirmou o delegado. O suspeito e outro jovem de 19 anos foram presos no início da tarde desta segunda-feira (18) por força de prisão temporária de 30 dias. Esse é o prazo inicial para a conclusão do inquérito. A Justiça atendeu no domingo o pedido de prisão feito pela polícia no sábado.

ENVOLVIDOS

Segundo o delegado, a princípio apenas esses dois jovens estão envolvidos no crime, apesar de uma terceira pessoa estar dentro do carro no momento em que o taxista foi rendido. “Ambos foram ouvidos e negaram o envolvimento desta terceira pessoa que ainda irá prestar depoimento”, disse o policial.

O CRIME

Segundo o delegado Ribeiro Júnior, em depoimento os jovens contaram que estavam em uma casa consumindo bebida alcoólica quando pediram a corrida ao taxista. A história apresentada era para Osvaldo Borges levar o trio de Alto Piquiri até Perobal, a cerca de 24 km de distância.

O trio seguiu no carro com a vítima até as proximidades do trevo da antiga Perobalcool quando o idoso foi rendido e levado para a Estrada Clarck, na área rural de Iporã, a cerca de 36 km de Perobal.

MORTE

No local a vítima foi morta a facadas, segundo a versão apresentada pelos suspeitos. A faca usada no crime não foi localizada, apesar dos criminosos afirmarem a terem deixado na estrada.

O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que além das facadas a vítima também teria sido baleada, o que não foi confirmado pelo delegado, que afirmou aguardar o laudo oficial.

O CARRO

Após cometer o crime os matadores seguiram para Umuarama, onde teriam vendido o Chevrolet Cobalt da vítima pelo valor de R$ 1 mil, a princípio em uma ‘boca de fumo’ ainda não identificada pela polícia.

O valor é bem aquém do preço de mercado do veículo. Ainda segundo o delegado os suspeitos negaram terem deixado o carro em uma chácara na Estrada Dias. Agora a polícia trabalha para identificar quem era esse comprador.

A VOLTA

De acordo com o delegado Ribeiro Júnior, os suspeitos contaram que dormiram em Umuarama e na sexta-feira (15) retornaram a pé para Alto Piquiri por estradas vicinais. O carro foi encontrado pela Polícia Militar na tarde do mesmo dia. Na manhã de sábado (16) a dupla se apresentou na delegacia de Alto Piquiri. Prestaram depoimento e durante a tarde confessaram o crime e indicaram o local onde o corpo da vítima estava.

TIPIFICAÇÃO

Segundo o delegado Adailton Ribeiro Júnior ainda não está claro a tipificação legal que os suspeitos devem ser acusados. Se a investigação comprovar que a versão apresentada pelo autor é a verdadeira, os envolvidos devem responder por homicídio qualificado e furto, com pena que vai de 12 a 30 anos. O julgamento é pelo Tribunal do Júri. Já se forem acusados de latrocínio a pena vai de 20 a 30 anos e a sentença é proferida por um juiz singular.

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