Desastre
A estiagem prolongada, aliada com as recentes geadas, secaram a vegetação que é predominante no Parque Nacional de Ilha Grande, no rio Paraná, entre os municípios de Icaraíma e Guaíra, e acabou resultando em queimadas. Inicialmente eram dois focos de incêndio, mas eles aumentaram.
Segundo informações repassadas pelo ICMBio, inicialmente foram dois focos de incêndio, um com início na praia do Paracaí em São Jorge do Patrocínio, na divisa com o município de Alto Paraíso. Neste ponto o foco começou domingo passado. E o outro na lagoa Jatobá, também nas proximidades de Altônia que começou na terça-feira.
O foco do Paracaí se alastrou pela várzea continental, enquanto o da Jatobá se alastrou pela ilha Grande, a maior ilha do parque e que dá nome à unidade com mais de 70 mil hectares.
São duas as frentes de combate, uma ao norte na várzea continental e outra ao sul na ilha Grande. Este último se dará com o uso de helicóptero munido com “heli-balde”.
A ação está sendo realizada num esforço conjunto envolvendo o ICMBio (órgão gestor da unidade), Corpo de Bombeiros do Paraná, Polícia Militar do Paraná, Prefeitura de Altônia, CORIPA, São Jorge do Patrocínio e Alto Paraíso.
No domingo a contagem inicial marcava uma área já queimada de aproximadamente 29 mil hectares na Ilha Grande e outros 3.500 hectares na várzea continental do lado paranaense. Em extensão o fogo já devastou cerca de 20 quilômetros
A direção do parque informou que são quase 30 dias sem chuvas no parque e proximidades. E as dificuldades de combater o fogo são muito grandes em função da vegetação seca, as temperaturas altas durante o dia e o vento forte com rajadas.
Além disso, tem o uso de contrafogo em linha paralela à antiga valeta de drenagem na várzea continental e agora com o heli-balde jogando água. E o que mais desanima os ambientalistas e amantes do parque é que não tem previsão de chuva tão logo.