Cotidiano

FEMINICÍDIO

Homem matou ex-namorada que se recusou a passar imóvel para seu nome, diz polícia

12/01/2019 12H24

Jornal Ilustrado - Homem matou ex-namorada que se recusou a passar imóvel para seu nome, diz polícia

Umuarama – Um homem de 41 anos matou a ex-namorada, a diarista Célia Ribeiro Matos da Silva, 51 anos, porque a vítima teria se recusado a transferir a titularidade de sua casa para o autor, segundo a Polícia Civil.

De acordo com o delegado operacional da 7ª SDP, Thiago Soares, a polícia ainda apurou que o crime ocorreu pelo autor estar insatisfeito com a vítima, que estaria se recusando a manter relação sexual com o mesmo.

A informação foi divulgada no início da noite de sexta-feira (11) após a Justiça decretar a prisão preventiva do matador, detido um dia antes pela Polícia Militar próximo a estação rodoviária em Tapejara.

MONITORAMENTO

O homem fazia uso de tornozeleira eletrônica que rompeu após matar a ex-namorada. A justiça já havia determinado sua prisão por essa infração contra o monitoramento eletrônico, segundo a polícia. Ele cumpria em regime semiaberto pena pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo e furto.

Segundo o delegado, o autor do feminicídio está recolhido em Cruzeiro do Oeste, mas posteriormente será decidido ser o suspeito será encaminhado para a Penitenciária de Cruzeiro do Oeste ou para a cadeia pública de Umuarama. A partir de agora o inquérito passa a ser de competência da Delegacia da Mulher.

O CRIME

Segundo a polícia, Célia Ribeiro foi atender um chamado na porta de casa, na rua do poeta Guilherme de Almeida, no conjunto Sonho Meu II, em Umuarama, por volta das 20h30 do dia 27 de dezembro de 2018.

Quando abriu, teria levado o primeiro golpe no peito. Correu buscando ajuda na casa de vizinhos. O matador, ainda armado com a faca, teria corrido atrás da vítima. Ele a alcançou no quintal de uma vizinha. Efetuou outros golpes contra Célia, que morreu ali mesmo, antes da chegada do socorro dos bombeiros e do Samu.

O matador saiu andando, com a arma em punho. Populares indicaram para a polícia sua identidade e contaram que o homem usava tornozeleira eletrônica. Enquanto a polícia tentava rastrear o criminoso, ele rompeu o equipamento de monitoramento e fugiu.

O suspeito está sendo acusado de homicídio qualificado pelo feminicídio, é que quando a vítima é morta pela condição de ser mulher. A pena é de 12 a 30 anos de prisão.