Social
Irene Vicente dos Santos Calixto, 70 anos, está à procura da filha Neusalina dos Santos, que teria 49 anos. Conforme Irene, no ano de 1970 – em Ouro Fino – região de Boa Vista da Aparecida (Oeste do Paraná), ela saiu para buscar emprego e por isso deixou sua filha com a mãe Rosalina Clara dos Santos, porém, ao voltar o bebê teria sido entregue para doação.
Hoje Irene Calixto é viúva e moradora de Alto Paraiso-PR, a 65 km de Umuarama-PR, ela relatou ao jornal Umuarama Ilustrado que busca pela filha há anos, porém a falta de vínculo com a família dificulta levantar informações para encontrar o paradeiro de Neusalina. “Minha mãe também me deu para os outros. Fui criada por um alemão e uma bugra, mas com 17 anos eu fugi, pois a situação era muito complicada. Foi quando fui pegada a laço. Naquela região tinha muitos homens ruins, que pegava as mulheres a força, foi quando engravidei da Neusalina”, contou.
Sem a referência de família, Irene teve a filha e foi em busca de emprego pela região oeste do Paraná, deixando o bebê com sua mãe Rosalina, hoje falecida. “Alguns anos, quando voltou para buscar minha filha ela (a mãe) tinha dado para os outros. Em 1977 voltei outra vez para Ouro Fino para saber onde estava minha filha, mas minha mãe não falou onde ela estava e nem o nome dela. Depois de algum tempo me falaram que ela chamava Rosalina”, disse.
Segundo o psicólogo do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Alto Paraiso, Emiliano Bortolone Lopes, alguns familiares de Irene repassaram que aos 12 anos Neusalina teria voltado a morar com a avó, em Boa Vista de Aparecida. “Uma irmã de Irene me falou que Neusalina teria saído da cidade de São Lourenço-SC, onde morava com os pais adotivos, e voltou para Boa Vista de Aparecida, onde ficou um tempo com a avó materna e depois disso ela sumiu”, ressaltou.
Ainda segundo o psicólogo, outra informação é que a mulher desaparecida teria casado com um homem de nome Mário, porém ao fazer várias ligação para cidade e tentado levantar dados perante cartórios de registros e outros sistemas cadastrais do Estado e Governo Federal, nada foi encontrado com o nome de Rosalina. “Fizemos várias ligações, cruzamos informação e nada foi encontrado. O que observamos é que Irene tem uma grande mágoa pela situação e sentimento de culpa”, noticiou Bortonlone.
Sem nenhuma outra pista, Irene está perdendo as forças para buscar a filha. Com alguns problemas de saúde, a idoso tem uma longa caminhada de sofrimento e durante a vida teve mais oito filhos e é viúva duas vezes. Caso alguém tenha alguma informação do caso o telefone de contato para informações é: 44 3664 1222.