UMUARAMA
Um vídeo que supostamente mostra uma onça na região do Jardim Tokio, em Umuarama, circulou intensamente nas redes sociais nesta quinta-feira (23), gerando preocupação na população local. Algumas postagens incluíram imagens de um cavalo ferido, alegando que o animal teria sido atacado pelo felino.
No entanto, Luis Carlos Borges Cardoso, chefe do Escritório Regional do Instituto Água e Terra (IAT) de Umuarama, esclareceu ao Ilustrado que não houve qualquer registro oficial de avistamento ou ataque de onça no Jardim Tokio. Além disso, investigações apontaram que o vídeo viral não é recente e já circula na internet desde junho de 2024.
As mensagens que acompanham o vídeo atribuem sua origem a várias cidades brasileiras, como Americana (SP), Caldas Novas (GO) e Taquara (RS). Até o momento, não foi possível confirmar o local real do registro. O fato é que as imagens que circulam nas redes sociais não foram captadas em Umuarama.
Cardoso alertou para os riscos da propagação de informações falsas, que podem causar pânico desnecessário. “É importante verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, especialmente quando se trata de notícias sobre animais selvagens em áreas urbanas”, destacou.
Registro confirmado de onça no Lago Aratimbó
Enquanto o caso do Jardim Tokio foi desmentido, um outro avistamento de onça em Umuarama foi confirmado nesta semana. Na última terça-feira (21), um vídeo de 24 segundos, mostrando uma onça caminhando tranquilamente pela área verde do Lago Aratimbó, viralizou nas redes sociais.
Diferente do caso anterior, a autenticidade do registro foi confirmada pelo IAT. De acordo com Cardoso, a equipe do instituto verificou o local e identificou vestígios que corroboram com as imagens, como montes de folhas iguais aos mostrados no vídeo. A estimativa é que a filmagem tenha sido feita entre domingo (19) e terça-feira (21).
O animal capturado no vídeo é um filhote de onça-parda, espécie conhecida por seu comportamento evasivo. “Ataques a humanos são extremamente raros e só ocorrem em situações extremas, como quando o animal se sente acuado”, explicou Cardoso.
Monitoramento e orientações
Desde o avistamento no Lago Aratimbó, o IAT iniciou o monitoramento da área. A recomendação é para que a população não tente se aproximar do animal caso o veja. “Mantenha a calma, evite qualquer tipo de interação e acione imediatamente o IAT ou a Polícia Ambiental”, reforçou Cardoso.
A região do Lago Aratimbó possui uma vasta vegetação e abriga várias espécies de animais, o que pode atrair predadores naturais. Para emergências, o IAT pode ser contatado pelo telefone (41) 9554-2609, e a Polícia Ambiental pelo número (44) 3624-7630.