PET ILUSTRADO
O câncer de pele é uma doença geralmente, existem exceções, associada a cachorros idosos e a determinadas raças. Não se sabe especificamente quais são suas causas, porém pode estar ligado a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Desta forma, é recomendado observar o aparecimento de qualquer massa ou inflamação na pele do seu animal de estimação.
Conforme o médico veterinário – mestrando em oncologia veterinária, Adilson Paulo Marchioni Cabral, da Clínica CliniPet, os tumores podem ser divididos em dois grupos, sendo os benignos e os malignos. O primeiro ocorre com um crescimento lento e localizado, sem capacidade de invadir e se desenvolver em tecidos distantes (processo chamado de metástase). O segundo, é aqueles que têm a capacidade de crescimento rápido e de se infiltrar em outros tecidos fazendo a metástase.
Para o bem dos pets, os avanços na medicina veterinária promovem aos profissionais especializados conhecimentos para diagnosticar e oferecer a melhor forma de tratamento aos pacientes. “Como cães e gatos vivem cada vez mais, os casos de cânceres agora são mais frequentes. No caso dos cães, o mais frequente é o câncer de pele e seguido do câncer de mama nas fêmeas. Nos gatos os tumores de pele também são bem comuns e seguidos pelos tumores hematopoiéticos”, explicou Cabral.
Ainda segundo o veterinário oncologista, os tumores de pele mais frequentes dentro dos tipos malignos são os mastocitomas, um câncer que afeta as células conhecidas como mastócitos. “Este tumor pode apresentar diversos formatos, porém tem forma mais comum com coloração avermelhada, causa coceira e sangramento. Outro tumor que acomete os cães e gatos de pele branca e que tomam muito sol é o carcinoma de células escamosas. Esse câncer geralmente não tem aspecto de nódulo, mas de feridas que se formam e não cicatrizam. Podem aparecer na ponta de focinho, orelhas de gatos e no abdômen de cães”, ressaltou.
Ainda dentro dos carcinomas malignos existem os melanomas, com origem nos melanócitos. Esses são tumores de coloração enegrecidas e que também podem gerar metástases.
No caso dos tumores benignos, o veterinário ressaltou os lipomas, que tem origem nas células de gordura. Assim como os adenomas sebáceos com origem em glândulas sebáceas. “São tumores geralmente pequenos de crescimento lento e aspecto mais macio. Porém, as neoplasias podem apresentar qualquer formato e é sempre importante procurar ajuda de um profissional qualificado”, alertou o entrevistado.
As raças de cães mais suscetíveis a desenvolverem tumores de pele são os Boxers, Labradores, Pugs, Bulldogues, Weimaraners, Dálmata, Beagles, Bassett Hounds, embora a doença possa ocorrer em qualquer raça. “Devido à grande mistura de raças os famosos vira-latas estão muito presentes em nossa rotina de atendimento”, comentou Adilson Cabral.
Os sintomas de câncer de pele costumam começar com protuberâncias e espessamentos anormais na pele e feridas de aparência estranha ou do tipo que não cicatriza. Se o câncer começar a invadir outros tecidos, pode se observar: perda de peso sem razão aparente, recusa à prática de exercícios, falta de apetite, coceira, dificuldade respiratória, tosse, dor abdominal e sangramentos dentre outros sinais.
Se o seu animalzinho apresentar qualquer um desses sinais procure a ajuda de um médico veterinário Especializado. “É muito importante à realização de exames como citologia e biopsia para poder definir o diagnóstico. O tratamento varia de acordo com o tipo e grau do tumor, podendo ser cirurgia, quimioterapia ou até mesmo a combinação de ambos”, finalizou Cabral.