EM GOIOERÊ
As buscas por Rubens Biguetti Júnior, 29 anos e Kawane Cleve, 23 anos, foram intensificadas nesta quarta-feira (5) na área rural de Moreira Sales, distante cerca de 22 km de Goioerê, onde o casal reside. Cães farejadores do 25º BPM de Umuarama também foram usados, mas até o fim da tarde ninguém foi encontrado.
Já durante a madrugada a residência do casal, na Vila Guaíra, em Goioerê, foi arrombada e toda revirada. O furto não havia sido formalizado na delegacia pela família durante a tarde.
Segundo o delegado da Polícia Civil de Goioerê, Hélio Nunes, ele soube do crime por terceiros, mas a princípio descarta qualquer ligação entre o desaparecimento e o arrombamento. “Acredito que os criminosos se aproveitaram que a casa estava vazia para invadir e furtar, mas não há relação entre os casos”, afirmou.
O delegado salientou que a prioridade no momento é encontrar o casal e que sequestro e roubo são hipóteses descartadas. “Estamos fortalecendo a tese de que o desaparecimento é uma situação de vingança. Agora buscamos saber a motivação”, explicou.
Kawane chegou a ser presa por porte ilegal de armas e Rubens Bigueti por roubo.
O casal desapareceu na segunda-feira (3) a noite após o filho de quatro meses ser deixado em uma calçada em rua localizada na saída de Goioerê, sentido a Moreira Sales. A criança foi resgatada perto das 21h30 e encaminhada ao Conselho Tutelar. Quando a informação de abandono circulou nas redes sociais, a avó materna reconheceu a criança e foi buscá-la. O menino passa bem.
No início da manhã de terça-feira o Honda Civic de Kawane e Rubens foi encontrado totalmente carbonizado na Estrada Jamaica, na área rural de Moreira Sales, cidade vizinha a Goioerê. O veículo passou por perícia e não foram localizados vestígios de tiros e nem de restos humanos, o que reforça as esperanças de que o casal seja encontrado com vida.
Os aparelhos celulares do casal estão inoperantes desde segunda-feira, segundo a polícia e o último contato com familiares teria ocorrido na tarde do mesmo dia.
Kawane é filha do juiz de Direito João Luiz Cleve Machado, que atuou em Umuarama e Altônia e foi encontrado morto em sua casa em 2009.