VANDALISMO
Nesta semana a base de apoio do Parque Nacional de Ilha Grande sofreu seu segundo ataque em menos três meses.
De acordo com a equipe do ICMBio Rio Paraná, responsável pela gestão do parque, a primeira ação ocorreu no fim de 2018, quando vândalos atearam fogo nas instalações localizadas na entrada do Parque Nacional de Ilha Grande, localizada na praia do Paracaí, em São Jorge do Patrocínio.
A base além de ter janelas e portas arrobadas, teve seus móveis, beliches, pias e camas e eletrodomésticos destruídos.
Desde o primeiro ataque, a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o fato. A suspeita é de que os atentados sejam em retaliação às ações de fiscalização promovidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio.
VERANISTAS
De acordo com o ICMBio a destruição de casas de veranistas teve início em 2014 e nos últimos 4 anos, foram demolidas mais de 270 edificações erigidas irregularmente em áreas do Parque Nacional de Ilha Grande e na APA das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná.
As demolições são realizadas em conjunto com o Instituto Ambiental do Paraná e com o Ministério Público Federal e só no Parque Nacional de Ilha Grande foram contabilizadas mais de cem demolições.
São casos em que as construções são utilizadas como casas de veraneio, não sendo habitadas como única moradia ou como meio de promover a pesca profissional. Nos casos em que há constatação de que as edificações estão sendo utilizadas como ponto de apoio para caça, pesca ou outros ilícitos, pode ocorrer a demolição sumária da edificação.
POSICIONAMENTO DO MMA
No final de 2018, após uma série de atendados contra o ICMBio, principalmente no norte do país, o então Ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, manifestou apreensão em relação aos casos registrados durante operações de combate ao desmatamento na Amazônia. Carros do Ibama foram incendiados e servidores do ICMBio sofreram ameaças.
De acordo com a nota oficial do Ministério do Meio Ambiente “ataques como esses representam um atentado contra a nação, contra as instituições públicas e contra servidores que doam as suas vidas e se dedicam a preservar o meio ambiente e a respeitar a legislação brasileira.
As pessoas que agem na legalidade não têm por que temer a ação da fiscalização. Por isso, o MMA credita esses atentados àqueles que querem se perpetuar na ilegalidade, afrontando os órgãos ambientais”.