Cotidiano

ESTÁ ACONTECENDO

Após mortes, PM realiza operação ‘bate grade’ na cadeia de Umuarama

25/09/2018 13H19

Operação bate grade da Polícia Militar no interior da cadeia de Umuarama
Operação começou no início da manhã e deve ser concluída até a matade da tarde

Há mais de cinco horas pelo menos quatro equipes da Rotam e uma do Canil do 25º BPM realizam operação bate grade no interior da cadeia pública de Umuarama com apoio dos agentes carcerários. A ação ocorre após o registro de duas mortes e de dois presos feridos dentro do mini presídio, que abriga mais de 260 homens em espaço destinado a 64 pessoas.

PRESOS REVOLTOSOS

A operação começou por volta das 8 horas de hoje (25). Os presos tentaram impedir a ação trancando uma das portas de acesso ao interior da cadeia. Também tentaram fazer um preso como refém. “A situação foi logo controlada pela Rotam”, assegurou o comandante da Rotam, tenente Namur Zandoná. Os presos estão sendo mantidos no solário enquanto a revista ocorre.

No momento os agentes carcerários estão realizando uma minuciosa busca no interior das celas. O resultado da operação deve ser divulgado até o fim da tarde.

Segundo Namur, a operação ocorre para coibir qualquer outra ação de violência dentro da cadeia.

MORTES NA CADEIA

Na semana passada dois presos morreram no interior do mini presídio. Ambos foram encontrados com cordas enroladas no pescoço. O primeiro, Paulo Sérgio Sena, foi mantido como refém pelos companheiros e morto a pancadas e enforcado no dia 18. Horas antes a polícia recebeu uma denúncia anônima contando que um preso seria morto.

Já Maicon Israel Viana de Castro, 23 anos foi encontrado enforcado no início da manhã do dia 21. A polícia não descarta a possibilidade de suicídio.

Um segundo detento José Maicon Gomes da Silva, 23 anos, passou mal e foi socorrido pelo Samu ao hospital de plantão no mesmo dia. Ele vomitava sangue. Até o fim da tarde de segunda-feira (24) o detento continuava internado. Na semana anterior um preso se auto feriu na tentativa de fugir de uma ameaça de morte.

Todos os casos estão sob investigação da Polícia Civil.