Previsão do tempo
O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontou que a precipitação acumulada de janeiro em Umuarama foi de 348 milímetros. O índice é 113% superior a média histórica do município, que é de 163,1 milímetros para o mesmo período. As chuvas apresentaram intensidade em todo o estado e devem diminuir nos próximos dias.
Em relação ao janeiro de 2020 em Umuarama choveu 108 milímetros, ou seja, 240 mm menos em comparação aos últimos 31 dias do mês passado. “Choveu muito no Paraná por inteiro, em algumas localidades bem acima da média histórica. O principal fator foi o fluxo de umidade no canal da Amazônia para o Sul o País. Janeiro normalmente já é úmido e quente, com essa atividade ficou com ainda mais umidade e calor, resultando em chuvas diárias”, afirmou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
Ele lembrou que Foz do Iguaçu (Oeste) e Guaraqueçaba (Litoral) também bateram recorde de precipitação dos últimos 20 anos. Em Guaraqueçaba foram 810 mm em 31 dias, a cidade que mais choveu em janeiro no Paraná. Em Foz, a vice-líder, o acúmulo foi de 609,6 mm. Guaratuba (571,2 mm), Antonina (513,6 mm) e Santa Helena (400,6 mm) completam top 5, de acordo com o Simepar.
“Os maiores índices ficaram concentrados no Litoral e no Oeste paranaense”, disse Kneib.
Segundo Reinaldo Kneib, a chuva deve continuar em fevereiro, mas em menor intensidade, especialmente no Litoral e Interior do Estado. “Será dentro da média, um mês mais calmo”, afirmou. Para Umuarama o site do Simepar inda prevê dias nublados, mas com sol aparecendo no decorrer do período.
Para terça-feira o sistema de baixa pressão atmosférica que se encontra sobre o Paraguai, associado a presença de uma frente fria sobre o Oceano, na altura do Rio Grande do Sul, mantém o tempo instável no Paraná. Pancadas de chuvas a qualquer hora do dia nas diversas regiões do Estado. Condição de abafamento persiste.
Conforme o Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a safra de grãos de verão da temporada 2020/21 está em andamento e pode ser afetada pelo excesso de chuvas que está ocorrendo neste mês de janeiro. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, por enquanto a expectativa de produção aponta para um volume de 24,2 milhões de toneladas de grãos, volume 3% abaixo do que foi colhido na safra passada.
O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Salatiel Turra, comentou a situação dos principais grãos cultivados nessa época do ano no Paraná, como soja, milho e feijão, salientando que a cultura do feijão é uma das mais atingidas com o excesso de chuvas dos últimos dias porque dificulta a colheita.