Umuarama

Febre Amarela

Vigilância em Saúde utiliza tecnologia para monitorar macacos em Umuarama

03/02/2020 09H48

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Com o número de macacos mortos por febre amarela no Paraná aumentando – 46 no período de 2019/2020 – a preocupação dos umuaramenses aumenta em relação a doença. Porem, segundo a coordenadoria da Vigilância em Saúde Ambiental, os bandos de macacos de Umuarama estão sendo monitorados todas as sexta-feira e não existe nenhum vestígio de animal morto por febre amarela.

O coordenador da Vigilância Ambiental, Carlos Roberto da Silva, primeiramente ressalta que os macacos não transmitem o vírus. Eles são vítimas e ao serem contaminados, fazem o papel de sentinela, alertando para o surgimento da doença. “O óbito de macacos em determinada área é um dos principais indícios de circulação do vírus em regiões de matas e florestas. Em Umuarama não temos nenhum caso de animal morto por febre amarela”, explicou.

Ainda segundo o coordenador, os agentes da Vigilância de Umuarama, desde fevereiro de 2019, realizam monitoramento dos animais e para isso utilizam um drone para percorrer as matas, além do serviço por terra. “Com o drone, os agentes conseguem percorrer um percurso maior e identificar se o bando aumentou ou diminuiu. Além disso o monitoramento também ocorre por terra verificando a saúde dos animais”, disse Silva.

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Hoje Umuarama conta com cerca de 100 animais espalhados na mata do bairro 1º de Maio, Guarani e Estância Primavera. Além desses bandos a Vigilância Ambiental também está identificando um grupo na estrada Jaborandi. “Hoje (ontem) na mata do 1º de Maio identificamos 22 animais, sendo que três fêmeas apareceram com filhotes. Também contamos com as informações dos moradores para identificar se houve morte de animal”, ressaltou o coordenador.

FEBRE AMARELA

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Umuarama não conta com nenhum caso de febre amarela registrado. A doença é infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.

O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A febre amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os sintomas iniciais

  • início súbito de febre;
  • calafrios;
  • dor de cabeça intensa;
  • dores nas costas;
  • dores no corpo em geral;
  • náuseas e vômitos;
  • fadiga e fraqueza.

VACINA

A vacinação ocorre nas Unidades de Saúde e é indicada para crianças a partir dos nove meses com reforço aos quatro anos e adultos até os 59 anos. Para gestantes, mulheres que amamentam, crianças até nove meses de idade, adultos maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos, a recomendação é que só sejam vacinados com a avaliação de um profissional de saúde. Apenas uma dose da vacina garante a imunidade por toda a vida.