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Orientação

Veterinário fala sobre o consumo de carne e a relação entre animais e o Covid-19

13/04/2020 08H43

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Após o anúncio de um tigre infectado com Covid-19, doença transmitida pelo coronavírus, alguns questionamentos surgem com relação transmissão da doença e os animais. Em primeiro momento o veterinário e professor universitário, Lucas Lopes Rino, ressaltou que neste momento a palavra é cautela, pois não existe um estudo conclusivo entre animais de pequeno porte e o Covid-19.

Segundo o professor, a dinâmica da pandemia mostra-se com a transmissão ocorrendo de pessoa para pessoa. Isso pelo contato próximo com um indivíduo infectado ou por contágio indireto, ou seja, por meio de superfícies e objetos contaminados, principalmente pela tosse e espirro oriundo dos infectados.

“Devemos agir com prudência, adotar medidas de higiene e ficar atentos às orientações de órgãos oficiais, pois como o Covid-19 é uma virose recente, novas constatações podem ser obtidas”, ressaltou.

De acordo com o veterinário, o que se sabe até o momento é que esse vírus se propaga principalmente de pessoa para pessoa e aparentemente os animais não são importantes na transmissão da doença, ou seja, não existe evidencia que os animais transmitam a doença para humanos.

“Pensando que temos poucas certezas dessa enfermidade, o ideal é que quem estiver doente pelo Covid-19 fique em isolamento, inclusive dos animais. Caso não seja possível, entre em contato apenas quando for imprescindível. Higienize as mãos antes e depois de entrar em contato com os animais”, orienta.

ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL

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Quanto à alimentação com produtos de origem animal, o pesquisador ressaltou que a ideia é a mesma, não há evidência desse tipo de transmissão, mas adotar hábitos de higiene ao prepará-los é fundamental. “Além de optar sempre por produtos de procedência atestada por órgão de inspeção competente”, disse.

NO CAMPO

Outro cuidado informado por Rino é a higiene antes e depois de realizar o trato com o animal no campo. “A transmissão de animal para nós, a principio, só se for por superfície, como se fosse um objeto. A pessoa contaminada espira no animal e posteriormente outra pessoa passa a mão no pelo desse animal ela pode ficar contaminada. Como se fosse um objeto. O vírus não replica neles e eles não transmitem é como se fosse uma superfície suja”, explicou.