Investigação
O vereador Ronaldo Cruz Cardoso (Partido Republicamos da Ordem Social) está sendo acusado de supostamente cobrar R$ 30 mil em dinheiro e dois terrenos para a aprovação de projeto de lei que altera o zoneamento urbano de Umuarama e permite a instalação de um loteamento empresarial na saída para Xambrê.
A denúncia foi apresentada pelo também vereador João Paulo Rodrigues Maciel de Oliveira, conhecido como “Sorrisal, o Amigo do Povo”, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (9), quando o projeto de lei 010/2022 entrou em votação.
Sorrisal apresentou um vídeo com gravações que supostamente seriam do empresário Victor Gaiari Rojas, relatando que quando o projeto de lei foi encaminhado da Prefeitura de Umuarama para a Câmara de Vereadores, o diretor de Articulação e Mobilização da Comunidade, Valdecir Pascoal Mulato, o Pai Heroi, teria informando que o empresário seria procurado pelo vereador Ronaldo Cruz para acertar um ‘agrado’ para a aprovação do projeto.
Ainda segundo a denúncia sustentada por Sorrisal durante a sessão ordinária, o vereador Ronaldo Cruz teria pedido propina de R$ 30 mil e dois terrenos no loteamento para aprovar o referido projeto e ratear a suposta propina com outros oito vereadores. A suposta negociação teria sido fechada em R$ 15 mil e um terreno. Cada imóvel, pelo projeto, tem pelo menos 1.000 metros quadrados. A Câmara Municipal tem 10 representantes do povo.
Após a denúncia, o vereador Ednei Custódio da Silva, o Ednei do Esporte (PSC) pediu vistas e o projeto foi retirado da votação.
O Jornal Umuarama Ilustrado entrou em contato telefônico com o vereador Ronaldo Cruz, que afirmou que irá se manifestar sobre as acusações apenas quando e se houver uma denúncia formal junto a Câmara de Vereadores.
A Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal informou que até o fim da tarde de ontem (10) não houve a formalização de qualquer denúncia junto a Mesa Diretora sobre as acusações.
A presidência da Casa também emitiu uma nota (leia a íntegra ao lado) onde afirma que “cabe agora ao vereador denunciante(Sorrisal) formalizar a denúncia junto à Presidência da Câmara Municipal de Umuarama, tendo em vista que referida denúncia foi noticiada durante a fala do vereador quando de seu comentário no momento em que estava em apreciação e votação o projeto que seria o motivo da denúncia. Com a formalização, os fatos serão analisados pelos parâmetros do Código de Ética e as provas apresentadas”.
Por telefone, o vereador Sorrisal informou que até esta quarta-feira (11) deve formalizar a denúncia junto a mesa diretora da Casa de Leis. Ele ainda afirmou ao Ilustrado que nunca pediu dinheiro e que não aceita que seu nome seja usado para esse fim por terceiros.
Os vereadores Professora Ana Novais (PSL), Mateus Barreto (Podemos), Cris das Frutas (PSD) e o presidente da Casa de Leis, Fernando Galmassi (PSC) publicaram notas em suas redes sociais onde repudiam o suposto pedido de propina, afirmam que jamais pediram qualquer benefício para a aprovação de projetos e pedem a apuração dos fatos. Nos perfis dos demais edis, não consta qualquer manifestação sobre o caso.
O diretor de Articulação e Mobilização da Comunidade, Valdecir Pascoal Mulato, o Pai Heroi, informou através de mensagem de aplicativo que deverá se manifestar hoje, pois ontem não estava na cidade.
No fim da manhã a Prefeitura de Umuarama emitiu uma nota onde o prefeito Hermes Pimentel (PSDC) informa que “recebeu com surpresa as informações e assegurou que não compactua de forma alguma com o tipo de conduta apontado, apesar de os fatos ainda não terem sido comprovados. Em relação ao servidor municipal citado na denúncia, Pimentel decidiu pela exoneração imediata para preservar a administração e para que os fatos sejam devidamente esclarecidos”.
Na nota consta ainda “Pimentel afirma ainda contar com o empenho dos vereadores na apuração, já que o caso tornou-se público, reforçando que jamais aceitará esse tipo de conduta na Prefeitura”.
A portaria de exoneração de Pai Herói é publicada hoje no Diário Oficial do Município.
O Jornal Umuarama Ilustrado ainda teve acesso a um documento de protocolo assinado pelos vereadores Sorrisal e Ana Novais, datado de 28 de abril de 2022, dirigido ao promotor de justiça Diogo de Araújo Lima, do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepátria) de Umuarama pedindo a investigação do suposto pedido de propina.
O Ilustrado entrou em contato com o escritório do promotor e sua assessoria informou que não haverá qualquer manifestação sobre o caso no momento.
O Jornal Umuarama Ilustrado também procurou por telefone (ligações) e por aplicativo de mensagem (What’sApp) o empresário Victor Rojas, que seria o autor das supostas denúncias de pedido de propina, mas até o fechamento da edição, às 19 horas, não obteve retorno aos contatos.
Esclarecemos que o canal está aberto para a manifestação do empresário e de qualquer outro envolvido na denúncia.
“Em nome da administração municipal, o prefeito Hermes Pimentel – que está em viagem de trabalho a Brasília – informou nesta terça-feira, 10, que teve conhecimento de denúncias feitas durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Umuarama, na última segunda-feira (9), que supostamente envolveriam um servidor do município.
O prefeito recebeu com surpresa as informações e assegurou que não compactua de forma alguma com o tipo de conduta apontado, apesar de os fatos ainda não terem sido comprovados. Em relação ao servidor municipal citado na denúncia, Pimentel decidiu pela exoneração imediata para preservar a administração e para que os fatos sejam devidamente esclarecidos.
Pimentel afirma ainda contar com o empenho dos vereadores na apuração, já que o caso tornou-se público, reforçando que jamais aceitará esse tipo de conduta na Prefeitura”.
“Ante aos fatos recém-relatados por vereador na sessão ordinária da
última segunda-feira (09), referente à suposta denúncia da cobrança de valores
na tramitação de projeto na Casa Legislativa, por outro parlamentar, cabe agora
ao vereador denunciante formalizar a denúncia junto à Presidência da Câmara
Municipal de Umuarama, tendo em vista que referida denúncia foi noticiada
durante a fala do vereador quando de seu comentário no momento em que
estava em apreciação e votação o projeto que seria o motivo da denúncia. Com
a formalização, os fatos serão analisados pelos parâmetros do Código de Ética e
as provas apresentadas. Em caso de se constatar que cabe punição ao
vereador denunciado, uma comissão processante será criada para apurar os
fatos”.
O vereador Ronaldo Cruz Cardoso (Partido Republicamos da Ordem Social) está sendo acusado de supostamente cobrar R$ 30 mil em dinheiro e dois terrenos para a aprovação de projeto de lei que altera o zoneamento urbano de Umuarama e permite a instalação de um loteamento empresarial na saída para Xambrê.
A denúncia foi apresentada pelo também vereador João Paulo Rodrigues Maciel de Oliveira, conhecido como “Sorrisal, o Amigo do Povo”, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (9), quando o projeto de lei 010/2022 entrou em votação.
Sorrisal apresentou um vídeo com gravações que supostamente seriam do empresário Victor Gaiari Rojas, relatando que quando o projeto de lei foi encaminhado da Prefeitura de Umuarama para a Câmara de Vereadores, o diretor de Articulação e Mobilização da Comunidade, Valdecir Pascoal Mulato, o Pai Heroi, teria informando que o empresário seria procurado pelo vereador Ronaldo Cruz para acertar um ‘agrado’ para a aprovação do projeto.
Ainda segundo a denúncia sustentada por Sorrisal durante a sessão ordinária, o vereador Ronaldo Cruz teria pedido propina de R$ 30 mil e dois terrenos no loteamento para aprovar o referido projeto e ratear a suposta propina com outros oito vereadores. A suposta negociação teria sido fechada em R$ 15 mil e um terreno. Cada imóvel, pelo projeto, tem pelo menos 1.000 metros quadrados. A Câmara Municipal tem 10 representantes do povo.
Após a denúncia, o vereador Ednei Custódio da Silva, o Ednei do Esporte (PSC) pediu vistas e o projeto foi retirado da votação.
O Jornal Umuarama Ilustrado entrou em contato telefônico com o vereador Ronaldo Cruz, que afirmou que irá se manifestar sobre as acusações apenas quando e se houver uma denúncia formal junto a Câmara de Vereadores.
A Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal informou que até o fim da tarde de ontem (10) não houve a formalização de qualquer denúncia junto a Mesa Diretora sobre as acusações.
A presidência da Casa também emitiu uma nota (leia a íntegra ao lado) onde afirma que “cabe agora ao vereador denunciante(Sorrisal) formalizar a denúncia junto à Presidência da Câmara Municipal de Umuarama, tendo em vista que referida denúncia foi noticiada durante a fala do vereador quando de seu comentário no momento em que estava em apreciação e votação o projeto que seria o motivo da denúncia. Com a formalização, os fatos serão analisados pelos parâmetros do Código de Ética e as provas apresentadas”.
Por telefone, o vereador Sorrisal informou que até esta quarta-feira (11) deve formalizar a denúncia junto a mesa diretora da Casa de Leis. Ele ainda afirmou ao Ilustrado que nunca pediu dinheiro e que não aceita que seu nome seja usado para esse fim por terceiros.
Os vereadores Professora Ana Novais (PSL), Mateus Barreto (Podemos), Cris das Frutas (PSD) e o presidente da Casa de Leis, Fernando Galmassi (PSC) publicaram notas em suas redes sociais onde repudiam o suposto pedido de propina, afirmam que jamais pediram qualquer benefício para a aprovação de projetos e pedem a apuração dos fatos. Nos perfis dos demais edis, não consta qualquer manifestação sobre o caso.
O diretor de Articulação e Mobilização da Comunidade, Valdecir Pascoal Mulato, o Pai Heroi, informou através de mensagem de aplicativo que deverá se manifestar hoje, pois ontem não estava na cidade.
No fim da manhã a Prefeitura de Umuarama emitiu uma nota onde o prefeito Hermes Pimentel (PSDC) informa que “recebeu com surpresa as informações e assegurou que não compactua de forma alguma com o tipo de conduta apontado, apesar de os fatos ainda não terem sido comprovados. Em relação ao servidor municipal citado na denúncia, Pimentel decidiu pela exoneração imediata para preservar a administração e para que os fatos sejam devidamente esclarecidos”.
Na nota consta ainda “Pimentel afirma ainda contar com o empenho dos vereadores na apuração, já que o caso tornou-se público, reforçando que jamais aceitará esse tipo de conduta na Prefeitura”.
A portaria de exoneração de Pai Herói é publicada hoje no Diário Oficial do Município.
O Jornal Umuarama Ilustrado ainda teve acesso a um documento de protocolo assinado pelos vereadores Sorrisal e Ana Novais, datado de 28 de abril de 2022, dirigido ao promotor de justiça Diogo de Araújo Lima, do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepátria) de Umuarama pedindo a investigação do suposto pedido de propina.
O Ilustrado entrou em contato com o escritório do promotor e sua assessoria informou que não haverá qualquer manifestação sobre o caso no momento.
O Jornal Umuarama Ilustrado também procurou por telefone (ligações) e por aplicativo de mensagem (What’sApp) o empresário Victor Rojas, que seria o autor das supostas denúncias de pedido de propina, mas até o fechamento da edição, às 19 horas, não obteve retorno aos contatos.
Esclarecemos que o canal está aberto para a manifestação do empresário e de qualquer outro envolvido na denúncia.
“Em nome da administração municipal, o prefeito Hermes Pimentel – que está em viagem de trabalho a Brasília – informou nesta terça-feira, 10, que teve conhecimento de denúncias feitas durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Umuarama, na última segunda-feira (9), que supostamente envolveriam um servidor do município.
O prefeito recebeu com surpresa as informações e assegurou que não compactua de forma alguma com o tipo de conduta apontado, apesar de os fatos ainda não terem sido comprovados. Em relação ao servidor municipal citado na denúncia, Pimentel decidiu pela exoneração imediata para preservar a administração e para que os fatos sejam devidamente esclarecidos.
Pimentel afirma ainda contar com o empenho dos vereadores na apuração, já que o caso tornou-se público, reforçando que jamais aceitará esse tipo de conduta na Prefeitura”.
“Ante aos fatos recém-relatados por vereador na sessão ordinária da
última segunda-feira (09), referente à suposta denúncia da cobrança de valores
na tramitação de projeto na Casa Legislativa, por outro parlamentar, cabe agora
ao vereador denunciante formalizar a denúncia junto à Presidência da Câmara
Municipal de Umuarama, tendo em vista que referida denúncia foi noticiada
durante a fala do vereador quando de seu comentário no momento em que
estava em apreciação e votação o projeto que seria o motivo da denúncia. Com
a formalização, os fatos serão analisados pelos parâmetros do Código de Ética e
as provas apresentadas. Em caso de se constatar que cabe punição ao
vereador denunciado, uma comissão processante será criada para apurar os
fatos”.
