Cotidiano

UMUARAMA

Vereador de Umuarama é acusado de invadir casa armado e agredir ex-funcionário; ele nega

20/12/2023 09H35

Jornal Ilustrado - Vereador de Umuarama é acusado de invadir casa armado e agredir ex-funcionário; ele nega
João Paulo Marque Maciel, o Sorrisal (PP)

A Polícia Civil de Umuarama iniciou um inquérito policial para apurar uma acusação de invasão e agressão contra o vereador João Paulo Marque Maciel, o Sorrisal (PP). O político é suspeito de invadir a casa de um ex-empregado, Ederson Moreno de Oliveira, de 32 anos, e agredi-lo com socos, chutes e coronhadas, desferidas com uma arma de fogo.

O vereador negou as acusações e informou que registrou um boletim de ocorrência. Sorrisal afirmou um desacerto comercial com o ex-colaborador estimado em R$ 11 mil e que durante a situação teria sido ferido com uma facada no peito pelo homem. O ferimento foi superficial e não implicou em internamento em casa de saúde. O vereador disse que passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

A OCORRÊNCIA

A Polícia Militar, em nota, informou que, segundo relatos do solicitante, o vereador chegou à residência de um amigo de Ederson acompanhado de sua esposa e outro homem, portando uma arma de fogo. A invasão resultou em danos à propriedade, agressões físicas e ameaças, segundo a nota da PM.

O celular de Ederson e uma aliança de casamento foram levados, segundo informou em nota a advogada Aline Narimatsu Correia, que representa o ex-funcionário. Ainda segundo o documento a entrega do celular ocorreu após a vítima ser agredida fisicamente e ameaçada com a arma de fogo. Após o grupo foi embora em um Corolla branco e uma Freemont branca, segundo a PM.

Jornal Ilustrado - Vereador de Umuarama é acusado de invadir casa armado e agredir ex-funcionário; ele nega
Ederson Moreno de Oliveira, de 32 anos,

CELULAR DEVOLVIDO

Conforme a PM, enquanto os militares atendiam a ocorrência, um homem de 29 anos foi até a residência e afirmou ter recebido a ordem de entregar o celular no endereço da vítima, sem maiores esclarecimentos. Esse indivíduo foi identificado pelos militares, e todas as informações foram repassadas às autoridades para as devidas providências. O aparelho foi recolhido pela polícia e deverá passar por perícia.

ENVOLVIDOS NA DELEGACIA

Ainda segundo a PM, ao chegar à delegacia com o ex-funcionário, os policiais relataram que o acusado já estava presente, buscando registrar um boletim de ocorrência sobre os mesmos fatos, apresentando uma versão distinta.

O delegado responsável pela 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama, Gabriel Menezes, determinou a necessidade de maiores investigações, dada a divergência nas versões apresentadas.

NOTA EX-FUNCIONÁRIO

“Na tarde de ontem, Ederson esclareceu que estava na casa de seu amigo, momento que teve a residência invadida pelo vereador e mais duas pessoas que o ameaçaram. Na ocasião, o vereador portava uma arma de fogo e a apontou em sua direção, em seguida foi agredido com coronhadas na cabeça e recebeu chutes e socos no tórax.

Ainda segundo ele, o vereador se apropriou do celular e da aliança de Ederson. Tempo depois, após a polícia ser acionada pela própria vítima, o celular foi devolvido por uma terceira pessoa a mando do vereador de Umuarama. As ameaças vieram após o Ederson, que é ex-funcionário do vereador, cobrar o pagamento dos serviços prestados à empresa de estofados deste vereador.

Acreditamos na aplicação da Constituição Federal, que garante que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Confiamos no trabalho da polícia civil, que está debruçada nesta investigação, e que os envolvidos serão indiciados pelos seus atos criminosos. Por fim, a defesa de Ederson clama por justiça e confia na competência do Poder Judiciário para que não haja impunidade”, finaliza o documento.

VERSÃO DO VEREADOR 

Segundo a versão do vereador Sorrisal, as acusações são uma retaliação. Ele alega ter sido lesado em cerca de R$ 11 mil pelo ex-funcionário durante o período em que esteve empregado em sua empresa. Além disso, Sorrisal afirmou ter sido esfaqueado no peito durante a discussão.

NOTA DA CÂMARA

A Câmara Municipal de Umuarama emitiu uma nota esclarecendo que aguardará as conclusões das investigações antes de tomar qualquer medida, considerando que, a princípio, os fatos estão relacionados à vida privada do vereador. O órgão reiterou seu compromisso com a integridade e transparência, mantendo vigilância sobre o desdobramento do caso.