CORONAVÍRUS
Com mais de 20 mil pessoas – grupo prioritário – vacinadas com a primeira dose do da vacina contra o coronavírus em Umuarama e 12 mil com segunda dose, a Secretaria de Saúde de Umuarama começa a avaliar uma mudança no perfil dos pacientes internados e óbitos acarretados pela covid-19. Os últimos dados do boletim epidemiológico mostram uma redução de idosos positivados e internados pela doença.
Segundo a secretária de Saúde, Cecilia Cividini, os imunizantes mostraram-se eficientes e geraram diminuição de casos positivos e internamentos de idoso de 65 anos acima. Porém, existe o aumento de mortes de pessoas com idade entre 50 a 60 anos. “Dentro do boletim os dados mostram que a faixa de idade para os óbitos está reduzindo e nossa internação maior é de pessoas entre 40 a 60”, disse.
Outro exemplo da eficácia das vacinas perante o vírus foi a situação de uma instituição com 30 institucionalizados. As pessoas após receberem a segunda dose da vacina, foram contaminadas pelos vírus. Entretanto, os umuaramenses apresentaram-se assintomáticos, ou seja, não tiveram complicações graves da doença. “Só conseguimos verificar o contágio das pessoas, pois realizamos os testes”, ressaltou a secretária.
Com um esquema vacinal rápido e preciso, a Secretaria de Saúde de Umuarama pretende vacinar o grupo de idoso (60 anos acima) nas próximas três semanas, caso o fluxo da chegada das remessas de imunizantes continue. “As pessoas estão vacinando. Um ou outro umuaramense apresenta resistência contra a vacina, devido os tabus relacionados. Porém, o grupo de risco dos idosos está perto da estimativa”, informou Cecília.
Em meio a várias lendas criadas sobre os imunizantes da covid-19, a secretária de Saúde ressaltou que em Umuarama não houve registro de reações graves após a vacinação. “No programa de imunização temos um sistema para notificação dos efeitos adverso pós vacina. Esses efeitos são divididos em esperados (situações leves) e os não esperados (situações graves). Temo notificações de 80 efeitos adversos leves e esperados. Esses efeitos ocorrem como em outras vacinas, que são dor no braço, dor de cabeça ou corpo”, noticiou.
A vacina contra o coronavírus vem mudando o cenário da doença, mas Cecília Cividini ressaltou a importância de manter as medidas preventivas, pois 80% das variantes do vírus já foram detectadas no Paraná e isso vem impactando nas internações. “Não temos mais internações de 10 dias, as pessoas estão passando de 30 dias nos hospitais. Além do surgimento de complicações mais graves e óbitos precoces. A transmissão está ocorrendo com uma constância de atendimento”, alertou a entrevistada.
Mesmo com parte da população seguindo as medidas de combate ao coronavírus, a administração municipal ainda vem recebendo denúncias de aglomerações, como também falta de uso de máscaras e outras ações de enfrentamento ao vírus. “É importante lembrar, não queremos fechar nada. Queremos que a economia continue a girar e as empresas funcionando. Mas para isso temos que ter o cuidado com o outro. Não realize aglomerações e mantenha o distanciamento, pois sabemos que isso é efetivo”, finalizou.