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Raíssa Liege, 16 anos, pula cedo da cama, pega sua bicicleta e corta Umuarama do Bairro Sonho Meu até o curso Pré-Vestibular Alfa, na rua Arapongas. Só nesse percurso são mais de 15 km pedalando todos os dias, mas a jovem ainda treina Karatê, Jiu-jitsu e Futsal. Essa força de vontade, garra e determinação levaram a jovem umuaramense a conquistar uma vaga para o World Fullcontact Karate Championship (WFKO), disputado em Osaka – Japão.
Se depender de preparo físico e empenho para conquistar o título, Raíssa era uma das finalistas, mas a jovem umuaramense precisa de mais, ela precisa de ajuda financeira. Como todo atleta no Brasil, a lutadora sofre para custear suas despesas. Só para a viagem no Japão ela precisa de R$ 20 mil. “Não temos nada ainda. Se alguém ou empresa puder me ajudar, vamos levar o nome da cidade a um âmbito internacional”, disse.
O campeonato internacional será nos dias 30 e 31 de maio e conforme a treinadora Patrícia Piffer, tal modalidade do karatê tem previsão para entrar nas olimpíadas de 2024 e o campeonato do Japão começa a ranquear os atletas para o evento olímpico. “Raíssa vai enfrentar pedreira no Japão. Ela vai lutar com atletas de até 50 quilos, podendo ser mais ou menos graduadas. Pode pegar lutadoras mais velhas que ela”, disse.
Cursando o terceiro ano do ensino médio, Raíssa é uma lutadora de poucas palavras, mas quando foi questionada qual a profissão que ela quer seguir, a resposta foi rápida e certeira, “Eu quero ser atleta, lutadora profissional”, enfatizou.
Mas para isso, a jovem precisa de sua ajuda para cruzar o mundo. “As pessoas ou empresas que puderam patrocinar a Raíssa podem procurar a academia Studio Art`Corpus na avenida Rotary no telefone (44) 99967-2396 ou realizar deposito no Sicoob – agência 4379-6 conta: 15.139-4. Se a pessoa não puder contribuir com dinheiro, só o ato de seguir a atleta nas suas redes sociais já vai ajudar”, explicou Patrícia.
O Karatê full contact surgiu na década de 70, nos Estados Unidos, quando os karatecas tradicionais começaram a buscar competições que permitiam um contato pleno. Os atletas começaram a adaptar protetores de pé e mão para que os contatos fossem permitidos, só que com pouco risco de lesão. No Full Contact os atletas podem utilizar técnicas de mão e de pernas do Karatê que atinjam o adversário da cintura para cima, observando a linha lateral e frontal do tronco e cabeça.
