Saúde
O boletim semanal da dengue publicado terça-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou a morte de duas pessoas, moradoras de Umuarama, pela doença. No Paraná foram dez pessoas com registro de óbito. Os dados são do 42º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho deste ano.
Em Umuarama desde 2020 não era registrado mortes por dengue, período que foi quebrado pelo registro de dois óbitos divulgados ontem pela Sesa. No Paraná, os dez novos óbitos somam-se aos 41 anteriores desse período, totalizando 51 mortes por dengue no Estado entre 2021 e 2022.
As mortes ocorreram entre os dias 7 de março e 11 de maio em Pato Branco (2), Verê (2), Medianeira (1), Umuarama (2), Arapongas (1), Cambé (1) e Ribeirão do Pinhal (1). São três mulheres e sete homens, com idades entre 28 e 93 anos, sendo que cinco deles tinham comorbidades.
Nos dados da Secretaria da Saúde de Umuarama, divulgados no último sábado, foram registrados 1.000 pessoas infectadas pelo vírus da dengue, desde o início do atual ano epidemiológico (agosto de 2021). O boletim da última semana ainda trouxe 158 novos casos, em relação à última atualização.
Em Umuarama a dengue está presente em 93 localidades (bairros, praças, regiões de igrejas e escolas da sede e distritos) e ainda há 267 suspeitas em investigação. Com o avanço da doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) autorizou a aplicação de inseticida com ‘fumacê’ a partir da próxima semana.
As regiões de 16 unidades básicas de saúde (UBS) estão em surto de dengue, além do povoado de Vila Nova Jerusalém. O Parque Industrial e os distritos de Lovat e Santa Eliza estão em alerta, enquanto a UBS Bem-Estar é a única com baixa incidência. Os distritos de Serra dos Dourados, Roberto Silveira e Vila Nova União ainda não tiveram exames positivos. Em número de casos a situação é mais crítica no Centro de Saúde Escola (região central), com 284 positivos, e no Jardim Panorama (143), Guarani/Anchieta (88), Posto Central (82) e Jardim Cruzeiro (74).
Com o avanço da dengue, o município solicitou à Secretaria de Estado da Saúde a aplicação de inseticida com o chamado ‘fumacê’, equipamento de Ultra Baixo Volume acoplado a veículo (UBV pesado), que já foi autorizada. Serão atendidos 12 locais onde há maior infestação do mosquito ou incidência de casos da doença – as regiões das UBS 26 de Junho, CSE, Posto Central, Guarani/Anchieta, Jabuticabeiras, Jardim Cruzeiro, Jardim União, Lisboa, Panorama, San Remo, Sonho Meu e Vitória Régia, que concentram cerca de 80 mil habitantes e quase 700 casos de dengue. As maiores infestações ocorrem no Sonho Meu (4,8% dos imóveis visitados), Jardim Lisboa (4,7%) e Panorama (4,2%).