Umuarama

CORONAVÍRUS

Umuarama manifesta interesse em adesão na compra direta de vacinas contra covid-19

03/03/2021 09H39

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A Prefeitura de Umuarama encaminhou manifestação de interesse de adesão ao consórcio público da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para aquisição direta de vacinas contra o coronavírus. Muitas cidades e Estados brasileiros estão se organizando para realizar a compra conjunta de vacinas ainda não incluídas no Programa Nacional de Imunização.

Conforme assessoria de imprensa da Prefeitura de Umuarama, as vacinas são aprovadas pela Anvisa e a aquisição por meio da Frente Nacional de Prefeitos seria caso o repasse das doses por parte do Ministério da Saúde não atenda às necessidades da população.

Em reunião com mais de 300 prefeitos na segunda-feira, 1º, a entidade definiu os trâmites para que o consórcio seja constituído e instalado até 22 de março. A FNP reúne as 412 cidades com mais de 80 mil habitantes, mas municípios fora desse escopo também poderão participar. Mais de 100 municípios já indicaram intenção de participar.

Como participar

Para participar, o município deve aderir à iniciativa, sem custo nenhum, até o dia 5 de março (sexta-feira) em formulário específico, disponível no site da FNP. A ideia de constituir um consórcio público para aquisição de vacinas, medicamentos, insumos e equipamentos está fundamentada na Lei nº. 11.107/2005.

De acordo com o PNI, a obrigação de adquirir imunizantes para a população é do governo federal. No entanto, diante da situação de extrema urgência em vacinar brasileiros e brasileiras para a retomada segura das atividades e da economia, o consórcio público, amparado na segurança jurídica oferecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), torna-se uma possibilidade de acelerar esse processo.

Os recursos para compra de vacinas poderão ser disponibilizados de três formas: por meio dos municípios consorciados, de aporte de recursos federais e de eventuais doações nacionais e internacionais.

“O consórcio não é para comprar imediatamente, mas para termos segurança jurídica no caso de o PNI não dar conta de suprir toda a população. Nesse caso, os prefeitos já teriam alternativa para isso”, esclareceu o presidente da FNP, Jonas Donizette. Ele reforçou também que a primeira tentativa será para que os municípios não precisem desembolsar nada para aquisição das vacinas.

“Caso isso ocorra, a ideia é reembolsá-los. Não seria adequado os municípios terem esse gasto diante do PNI, pois já estão afogados em dívidas por conta do momento”, disse o presidente da entidade.

O secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, esclareceu que a intenção não é competir com o Ministério da Saúde na compra de vacinas, mas de somar esforços.