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A sífilis é uma doença que persiste na humanidade desde a Idade Média. Causada pela bactéria Treponema pallidum, em Umuarama foram registrados 58 casos de janeiro até agora, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (21) pelo do Ambulatório de Infectologia, que realizou uma série de ações durante o mês em que se comemora o Dia Nacional de Combate à Sífilis.
Com o objetivo de levar informação à população, profissionais do Ambulatório de Infectologia promoveram rodas de conversas, palestras, orientações e realizaram testagens rápidas como parte das atividades de prevenção da doença. “Registramos 49 casos de sífilis adquirida, sete casos em gestantes e dois casos congênitos. É uma doença curável e exclusiva do ser humano, tendo como principal via de transmissão o contato sexual, seguido pela transmissão para o feto durante o período de gestação de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente. Também pode ser transmitida por sangue contaminado”, detalha o médico infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Umuarama, Ricardo Delfini Perci.
No dia 13, a psicóloga Lucineia Ceolin falou com adolescentes e jovens do Cense (Centro de Socioeducação) e hoje ela apresentou uma palestra para profissionais e internos do Hospital Psiquiátrico Santa Cruz, detalhando que os casos mais graves envolvem gestantes, pois a doença sexualmente transmissível (DST) pode ser passada ao feto em qualquer momento durante a gravidez ou no parto. “Há altos riscos de sequelas no bebê como má-formação, deformidades ósseas, cegueira, surdez, problemas neurológicos, morte neonatal etc”, alerta.
Já no dia 14, profissionais de saúde do Ambulatório de Infectologia realizaram orientação e testagem rápida nos moradores da Apromo Albergue, trabalho repetido no dia 18 com os usuários do CAPS-AD (Centro de Referência em Assistência Psicossocial – Álcool e Drogas). “O Dia Mundial de Combate à Sífilis é no dia 19 de outubro, mas abordamos o tema de prevenção durante todo o ano. Estamos sempre em alerta na luta para reduzir cada vez mais o número de casos na cidade”, comenta Maria de Lourdes Gianini, coordenadora do Ambulatório de Infectologia.