Umuarama

Saúde

Umuarama confirma 1º caso de dengue e acende sinal de alerta

19/02/2019 07H59

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Dados do Comitê de Combate à Dengue mostram a confirmação do primeiro caso de dengue do ano em Umuarama. Os números da doença aumentam em todo Paraná, porém, a região Noroeste está no setor de alto risco para epidemia, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde. Desta forma, a comunidade deve fazer sua parte para evitar a proliferação do mosquito Aedes egypti.

Conforme a presidente do Comitê da Dengue, Lígia Adriana dos Santos, a administração municipal vem realizando ações como o Bairro Saudável, além de visar recolher lixos e entulhos, também orienta a população para evitar situações que levem a proliferação do mosquito transmissor.

inda segundo Lígia, os resultados positivos na luta contra a dengue só serão obtidos com o engajamento total da população de Umuarama. “Estamos há dois anos sem epidemia, mas para isso continuar é necessário que a população faça sua parte”, disse.

O caso confirmado foi registrado na cidade, porém não foi repassado à imprensa qual localidade. Ainda estão em investigação mais de 60 notificações de suspeita de dengue.

O QUE FAZER? – Se a pessoa apresentar sintomas da dengue, a orientação é que todos busquem atendimento de saúde tão logo apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso.

INFESTAÇÃO ALTA

No último Levantamento de Índice Rápido para Infestação do Aedes aegypti (Liraa) de janeiro de 2019, o resultado já deixou a cidade em alerta. O índice geral de Umuarama, apurado entre os dias 14 a 16 de janeiro, ficou em 3,3% – considerado de médio risco pelos órgãos de saúde. Porém 21 bairros da cidade apresentaram índices de alto rico, ou seja, superior a 4%. No bairro Jabuticabeira o índice de infestação chegou a 13%.

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NO PARANÁ

No total, o Paraná soma 288 casos de dengue autóctones (eram 193 na última semana). São 56 municípios com casos autóctones e 72 com casos confirmados, ainda que importados. Devido ao surto de chikungunya no Pará, o Paraná tem três casos importados da doença em pessoas que viajaram para aquele Estado, um em Foz do Iguaçu, outro em Curitiba e o terceiro em Medianeira. Já quanto à dengue, Foz registra 25 casos autóctones e cinco importados. Um novo boletim estadual deve ser apesentado nesta terça-feira.

FAÇA SUA PARTE

Os criadouros estão em qualquer acúmulo de água parada, por menor que seja; até em tampinhas de garrafa ou pequenos amontoados de folhas secas. Mas são encontrados com maior frequência em lixo, como resíduos plásticos, espalhados pelas ruas. É preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus, garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos.

Os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.

CUIDADOS

A Secretaria da Saúde vem insistindo bastante na conscientização da população, para que atue na eliminação de criadouros do mosquito Aedes egypti, transmissor da dengue. Eles se reproduzem em todo tipo de água parada, em pratos de plantas, lixo abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos abandonados em quintais.

A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão. Os casos mais graves da doença costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.

OS SINTOMAS

Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados. O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. E quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.