Umuarama

CORONAVÍRUS

Umuarama cai para 33% de isolamento social e registra o pior índice desde março

31/05/2020 07H17

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Mesmo com o crescimento diário dos casos do novo coronavírus em Umuarama, o índice de isolamento social na cidade vem caindo constantemente e nesta semana chegou a 33%. O cenário de pessoas saindo, com mais frequência, de suas residências para atividades não essenciais preocupa o Centro de Operações de Enfrentamento à Covid-19 (COE).

Conforme dados da empresa Inloco, o isolamento social em Umuarama apresentou no dia 25 de março 58% de umuaramenses respeitando o pedido de permanecer em casa. Porém, no dia 26 deste mês a cidade registrou 33% de isolamento, o pior índice até o momento. Para se ter ideia, o Paraná o contabilizou 37,8% de índice de isolamento social no mesmo dia. A Inloco, com consentimento dos usuários, captamos dados de visitas associados ao aparelho celular e não à pessoa, informou a empresa.

O relaxamento de parte dos umuaramenses em relação ao isolamento domiciliar e do distanciamento social, para prevenir a disseminação do novo coronavírus entre a população, é um dado preocupante, pois o registro de pessoas com Covid-19 começa a crescer em Umuarama e região.

#FICAEMCASA

Na reunião do Centro de Operações de Enfrentamento à Covid-19 (COE), na quinta-feira, 28, o médico infectologista Ricardo Perci recomendou que as pessoas evitem visitar familiares, receber visitas ou promover festas e confraternizações. “Essas reuniões, mesmo em pequenos grupos, possibilitam a disseminação do vírus porque em ambiente familiar as pessoas costumam relaxar nos cuidados, inclusive deixam de utilizar a máscara e acabam se expondo mais ao contágio”, disse.

A secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini, lembrou que é importante evitar o contato físico e a proximidade mesmo dentro de casa. “Os mesmos cuidados que tomamos no trabalho, na rua ou no comércio precisam ser respeitados em nossos lares, para evitar o contágio de forma preventiva e especialmente se a pessoa já tiver suspeita ou confirmação de infecção”, orientou. “Apesar de ser monitorado, esse grupo precisa de uma atenção e cuidados especiais”, reforçou.

ALERTA

Durante a última se mana, médicos que atuam na linha de frente no tratamento de pessoas com Covid-19 em Umuarama desabafaram sobre o descaso de algumas pessoas em relação a prevenção para a não disseminação do novo coronavírus em Umuarama. Segundo relatos, existe a preocupação de um grande número de pessoas contraírem o vírus ao mesmo tempo e a quantidade de leitos na cidade não seja suficiente para atender a demanda.

A secretária Cecília Cividini ainda lembrou que são cerca de 300 mil habitantes que dependem da estrutura de saúde local. “No mesmo momento que a situação parece estar controlada, podemos ter um aumento na ocupação de leitos e faltar vagas para pacientes com a Covid-19”, disse.

PROPAGAÇÃO RÁPIDA

O médico Ricardo Perci explicou que se cada pessoa infectada contaminar cinco, seis ou até 10 familiares ou pessoas próximas, o cenário de relativa tranquilidade vai mudar completamente. “Por isso, é de extrema importância seguir as recomendações de isolamento, distanciamento social (em filas e ambientes públicos), uso correto e diário da máscara, higienização constante das mãos, etiqueta respiratória e o mínimo contato possível com outras pessoas”, alertou Perci.

GRUPO DE RISCO

Os grupos de risco (especialmente idosos e pessoas com comorbidades, como diabetes, hipertensão arterial e insuficiência respiratória) devem ter cuidado ainda maior. “O ideal seria não haver contato principalmente com os idosos. Mas sabemos que muitas avós estão cuidando dos netos, devido à suspensão das aulas. Se a convivência é inevitável, é preciso redobrar as medidas de segurança e usar a máscara mesmo em casa. Uma criança assintomática pode contaminar os avós e colocar a saúde deles em risco sem ninguém perceber”, alertou Cecília Cividini.