Eliseu Auth
Ando bastante pela nossa rodovia Pr-323. Todos sabemos que ela é, disparado, a principal via desta região. De bom temos que alguns trechos estão tendo consertos e remendos. De Cianorte a Maringá, buracos se entreveram. E não se vê a construção de mais terceiras pistas como prometeram. Com a duplicação distante, elas seriam a melhor solução para o momento. Claro que seria. Teríamos maior fluidez e, de lambuja, nos livraríamos dos extorsivos e indevidos pedágios que querem nos enfiar goela abaixo.
Do jeito que está o ilustrado leitor do “Umuarama Ilustrado” deve, como eu, ficar irritado quando viaja à noite e em dia de chuva. Simplesmente não dá. Você perde a noção do espaço onde pode transitar. A chuva bate no asfalto, rouba a luz e você não encontra as faixas que separam as pistas e nem as que marcam as laterais. Aí tem que ficar adivinhando e olhando para a luz do carro que vem de encontro. Só ela é a guia para não bater. Sim. Nem quem vem e nem quem vai enxerga os limites da pista. Não demarcam mesmo. Irrita que não façam isso que é coisa simples de fazer.
Falando na nossa rodovia, é preciso que fiquemos atentos para a renovação dos contratos de pedágio nas rodovias do Paraná. Um silêncio de sepulcro rodeia o assunto. Ninguém fala do assunto. Nem o governo e nem os deputados que votarão qualquer mudança. Isso incomoda porque podem estar armando para cima de nós, reles cidadãos. É público e notório que pagamos os pedágios mais caros do país. Nossa gente e nossa produção é sangrada a cada cancela de pedágio que enche o bolso de empresários. Penso que o governo deveria assumir os pedágios e transformá-los em receita pública. Não é bom sinal que esse assunto esteja tão quieto. Então, é bom que abramos os olhos. A surdina pode estar falando. Por isso é um silêncio que incomoda.
(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).
