Eliseu Auth
Sempre achei que o bom senso e o respeito ao outro são inatos no ser humano. Que nascem com ele e são do seu “DNA”. Às vezes, chego a claudicar na minha convicção. Principalmente quando assisto o renascimento da onda direitista e nazi-fascista que vem se organizando no mundo. Na eleição dos Estados Unidos vimos um pouco do debate entre os extremistas ditatoriais e os que defendem a democracia. Quem é democrata sofreu com a contagem dos votos que deram vitória a Joe Biden sobre Donald Trump e só ficou aliviado com a vitória da Democracia. Mais que a vitória do democrata, o que valeu foi a derrota de Trump. A direita extremista foi golpeada.
Olhando para a história norte americana e a consolidação de sua independência, não dá para entender o seu sistema eleitoral. Como pode não ser como aqui, onde cada voto tem valor. E, quem tem mais votos, vence. Isso precisa ser mudado, até pelos princípios da “Declaração de independência dos Estados Unidos, de 1976. Vejamos o que está lá:
“Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas: Que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que afim de assegurar esses direitos governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados”. Abraham Lincoln , do alto da sua dignidade, considerava esse parágrafo um dos pilares da nação e diretriz para a interpretação da Constituição. Afinal, ali estão imortalizadas a liberdade e a igualdade entre os homens. Não há lugar para discriminação de tipo algum, seja de raça, origem, religião, condição social ou coisa quetal.
Termino com alma lavada. A vitória de Biden foi a vitória do bom senso, da paz e do meio ambiente no planeta. Um golpe na extrema direita.
(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).