SENTENÇA
O Tribunal de Júri de Umuarama condenou, no início da madrugada deste sábado (1º), os dois réus pela morte do metalúrgico Jeferson Santos, que tinha 36 anos e foi assassinado a pauladas e facadas dentro da própria casa no parque Primeiro de Maio, em Umuarama, em abril de 2019.
Os jurados condenaram Cirley Rodrigues Mota, que era esposa da vítima, a 10 anos de prisão. Já Jerry Adriane da Silva que era amante de Cirley e amigo de Jeferson Santos foi condenado a 17 anos de prisão.
Após ler a sentença, o juiz da 1ª Vara Criminal de Umuarama, Adriano Moreira anunciou a pena e determinou que Jerry siga preso em regime fechado – ele estava recolhido na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (PECO) desde outubro de 2019.
Após ouvir a sentença, Jerry passou mal e precisou ser atendido por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele foi encaminhado ao hospital para ser medicado e posteriormente retornou à PECO.
O juiz também determinou que Cirley inicie a pena no regime fechado, mas a defesa recorreu da decisão. Até o resultado do recurso, ela irá cumprir a pena em liberdade.
O júri começou por volta das 9h de sexta-feira (31), e terminou por volta da 1h de sábado (1º).
O crime foi na madrugada do dia 18 de abril de 2019 na residência do casal, no bairro Primeiro de Maio. A vítima foi morta a pauladas e facadas e teve um cadeado posto na boca.
Segundo relatos da polícia na época e baseado no primeiro depoimento de Cirley logo após o crime, a casa da família foi invadida durante a madrugada por dois homens. A vítima foi atingida por uma paulada enquanto dormia e arrastado para o quintal, onde foi ferida ao menos com oito facadas. Após foi deixado um cadeado na boca da vítima.
Segundo o informado pela Polícia Civil na época do crime, a intenção dos matadores foi fazer parecer que a morte foi por vingança pelo fato da vítima sempre expulsar traficantes de um parquinho que ele mesmo montou em frente à sua casa, para as crianças do bairro.
Os acusados do crime chegaram a ser presos na madrugada de 31 de outubro de 2019, durante uma grande operação deflagrada pela Polícia Civil na cidade.
Segundo o divulgado na época, a esposa da vítima e seu então amante, Jerry Adriane da Silva, teriam combinado a morte do metalúrgico para ficar com seus bens.
