Saúde
A dengue continua avançando em todo Paraná e na região de Umuarama pelo meno três municípios estão em situação de epidemia. As cidades com situação mais grave são Douradina com 341 casos para 8.621 mil habitantes e Cruzeiro do Oeste com 265 casos para 20.917 mil habitantes. Umuarama com 110.590 mil habitantes tem 318 casos de dengue confirmados. Os dados são do último boletim da Secretaria Estadual de Saúde.
O novo boletim do governo estadual mostra seis novos óbitos por dengue nos municípios de Jesuítas, Peabiru, Maringá, Ivatuba, Paiçandu e Sertaneja, totalizando 13 mortes no Estado. Os dados apontam 20.563 casos confirmados, 5.866 amais que na última semana e 3.446 em investigação. O número de notificações subiu para 64.825, um aumento de 31,05% em sete dias.
Porém tais números podem estar defasados e a situação na região Noroeste pode ser ainda pior, uma vez que muitos municípios esperam a confirmação do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacem) em Curitiba para posteriormente enviar os dados para a Secretaria Estadual de Saúde. Desta forma, mais municípios podem estar em situação de alerta para epidemia de dengue.
Nos dados do boletim estadual, 62 municípios estão em situação de epidemia, 12 a mais que o último boletim – Nova Aurora; Engenheiro Beltrão; Cruzeiro do Oeste; Cianorte; Loanda; Nova Aliança do Ivaí; Nova Londrina; Querência do Norte; Flórida; Santa Inês; Tupãssi e Jardim Alegre.
Ainda na região de Umuarama, o município de Altônia com 21.933 mil habitantes registrou 66 casos confirmados e mais 343 notificações em investigação. Ainda no mapa do boletim estadual, toda faixa da região Noroeste apresenta risco alto para dengue.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza uma capacitação em Maringá sobre o uso do novo inseticida (cielo) de combate à dengue para os profissionais das Regionais de Saúde e municípios sede. O cielo será enviado pelo Ministério da Saúde e deve chegar ao Estado só em março.
Segundo a coordenadoria de Vigilância Ambiental da Sesa, o Paraná recebeu em janeiro deste ano, 19 mil litros de malathion referente ao saldo remanescente do Ministério da Saúde. “Este quantitativo não atende a todos os municípios e não é a solução para a eliminação do mosquito no Estado. O inseticida só é eficaz para eliminação de parte dos mosquitos que estão voando, ou seja, o mais importante é eliminar os criadouros que estão em sua grande maioria, nas residências”, afirmou a coordenadora Ivana Belmonte.
O novo inseticida é composto por imidacloprido (neonicotinóide) e praletrina (piretróide). Os princípios ativos são diferentes do malathion pois vem pronto para uso em Ultra Baixo Volume (UBV) que é popularmente conhecido como “fumacê”. De acordo com a Resolução Sesa nº 459/2014, os municípios que quiserem solicitar a utilização de UBV pesado devem protocolar um pedido documentado à Regional de Saúde de sua abrangência que após análise repassará para a Sesa. O Estado segue as instruções do Ministério da Saúde, conforme a nota informativa nº 103, que reitera “a necessidade do uso racional do controle químico e ressalta aos responsáveis técnicos das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde que busquem, cada vez mais, incitar a realização sistemática das demais medidas de controle preconizadas antes de utilizar o controle químico”.