Umuarama

Acordo Coletivo

Trabalhadores da saúde, em empresas particulares, anunciam greve em Umuarama

07/07/2022 09H09

Com assembleia realizada no último dia 27 de junho em Umuarama, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Umuarama e Região (Seessu) e emitiu hoje a comunidade de greve com início no próximo dia 12. A paralisação abrange todos os profissionais do setor que atuam e hospitais e clínicas particulares, à exceção dos médicos.

Segundo a presidente do Seessu, Débora Rankel Fortunato, a categoria conta com data base em maio e após várias rodadas de negociações sem um acordo entre as partes, os profissionais da saúde decidiram – em assembleia geral – pela greve. São mais de 1.500 trabalhadores que estão lutando pelo reajuste salarial vinculado com o índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Ainda segundo a presidente, o pedido dos trabalhadores para o reajuste é de 12,47%, ou seja, o índice do INPC de maio. “Em março os hospitais ofereceram reajuste de 4% e após negociações subiram para 10%. Porém, os profissionais da saúde querem um valor mais próximo ao índice que seria 12%”, explicou.

Em contra proposta, o sindicato dos trabalhadores ofereceram reajuste retroativo à data base de 10% e mais 2% a partir de janeiro de 2023. Mas a proposta não foi aceita pelas empresas, ressaltou Débora. “Desta forma, em assembleia geral e amparados pela legislação, os trabalhadores optaram pela greve. Os serviços essenciais serão realizados como determina a lei”, ressaltou a presidente.

A greve vai afetar os serviços dos hospitais particulares e clínicas de saúde de Umuarama e região, como também, o Pronto Atendimento de Umuarama, pois utiliza serviços terceirizados para o atendimento da comunidade.

O jornal Umuarama Ilustrado buscou contado com a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), mas até o fechamento da edição não obteve sucesso.

SAMU e Laboratórios

Além dos médicos, os trabalhadores do SAMU-Noroeste e laboratórios de análises clínicas não entram em greve, pois tiveram acordos coletivos próprios. “Os hospitais que optarem por acordos coletivos próprios estamos abertos para realizar a rodada de negociação”, finalizou a presidente Débora Fortunato.