Umuarama

Cultura

Tem coleções de enciclopédias em casa ocupando espaço? Saiba como destinar corretamente

10/02/2020 10H33

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Foi-se há muito o tempo em que as pesquisas escolares eram feitas em famosas enciclopédias como Barsa e Britânica. Eram volumes e mais de volumes enormes e pesados e o conhecimento era obtido com buscas que podiam demorar horas.

NA PONTA DO DEDO

Na atualidade, as gerações Y e Z não têm nem noção da existência dessas coleções, pois o conhecimento está literalmente na ponta dos dedos, com um click no mouse ou um toque na tela do celular ou do tablete.

É o caso da estudante do 2º ano do ensino médio Ynngridh Bonatti, de 17 anos, que ao ser questionada se conhecia essas enciclopédias respondeu que não e que as pesquisas, sejam escolares ou não, são feitas diretamente no Google.

Ela não se mostrou contrária a pesquisas em livros, mas “como há outras formas de se obter o mesmo resultado de uma maneira mais rápida, vou direto no Google”, explicou. Sobre o hábito de ir a biblioteca do colégio, ressaltou que sempre vai, mas para fazer as pesquisas diretas no computador.

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ACUMULANDO POEIRA

Já Amadio Silva, 53 anos, ainda lembra quando ganhou a coleção de livros do pai, aos 15 anos. “Somente os dicionários são 10 volumes ilustrados e sempre gostei de ler e manusear porque eu via como eram os objetos. Hoje os livros estão guardados na despensa de casa ocupando espaço. Tenho muita dó, mas estou sem espaço para continuar com essas enciclopédias e não sei que destinação dar”, ressaltou.

Como Amadio, muita gente também não sabe o que fazer com essas coleções que apesar de conterem muito conhecimento, se tornaram obsoletas e o que antes era exibido com orgulho nas casas, hoje acumula poeira.

LITERATURA E POESIA

Segundo a diretora da Fundação Cultural de Umuarama Vera Lúcia Oliveira Borges, a Biblioteca Municipal Rocha Pombo não recebe nem essas coleções de enciclopédias e nem livros didáticos. “Estamos sempre abertos a doações, principalmente de literatura e poesias, que são os livros mais procurados por nossos frequentadores. Essas coleções antigas e livros didáticos são inservíveis para nosso público”, explicou.

ALTERNATIVA

A presidente da Cooperativa dos Trabalhadores de Recicláveis de Umuarama, Ivanete de Lima tem uma alternativa para quem tem essas enciclopédias e não sabe o que fazer: a reciclagem.

“Aqui aproveitamos tudo. Tiramos as capas que viram papelão e as páginas são colocadas em fardos grandes que vendemos para uma pessoa que vende para a indústria em São Paulo”, explicou. Ivanete salientou que está em estudo a compra de uma prensa para agregar valor ao produto que vendem, mas sem data para a aquisição.

Ela salientou que quem tiver livros, pode levar até a sede da Cooperuma, que fica no interior do Aterro Sanitário de Umuarama. “Não temos condições de pegarmos junto com o lixo reciclável por causa do peso”, salientou.

O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 17 horas.