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Sonho caro: clubes ingleses cobram até 700 libras para crianças entrarem em campo

05/03/2020 20H09

Jornal Ilustrado - Sonho caro: clubes ingleses cobram até 700 libras para crianças entrarem em campo

O futebol é capaz de mexer com o imaginário, resultando em uma explosão de emoção que atinge a todos, não importa a idade. E quando criança, é impossível não sonhar em entrar em campo de mãos dadas com um ídolo do futebol mundial. Só que esse sonho pode custar muito caro, ao menos na Premier League. De acordo com o Telegraph, alguns clubes ingleses chegam a cobrar até £700 pela participação de meninos e meninas durante a cerimônia de abertura das partidas da competição.

A notícia causou espanto pelo fato de transformar algo tão simples em negócio, principalmente por clubes que já possuem rendimentos estratosféricos. Para muitos, os clubes parecem esquecer que são movidos, principalmente, pelos seus torcedores e pelo amor que eles nutrem – um sentimento que nasce na infância e os acompanham por toda a vida.

Além disso, o simples torcer já envolve uma série de gastos. É o torcedor, afinal, que paga para ir aos estádios, compra os uniformes oficiais e, não raramente, aposta em seu clube do coração. Essa prática, inclusive, cresce no Brasil com a legalização das apostas no país, movimento que incentivou a expansão de sites como o 22bet. Para os interessados, é possível encontrar informações relevantes sobre apostas do 22bet e de outras plataformas em uma simples busca na internet e, logo em seguida, dar seu palpite.

Cobrança gera insatisfação e protestos

Torcedores, políticos e movimentos ligados ao esporte vem protestando contra a cobrança para que crianças participem da cerimônia de abertura das partidas da Premier League. Quem lidera esse movimento é a Associação de Torcedores do Futebol Inglês (FSA), mas um grupo de deputados ingleses também já se mostraram contrários à prática.

O assunto foi debatido pelo presidente do comitê parlamentar sobre o esporte, Julian Knight, que afirmou que os mascotes se tornaram um “privilégio dos adinheirados”, configurando-se como algo “radicalmente contrário às raízes do jogo na classe trabalhadora”. Diante disso, o valor cobrado para que crianças realizem um sonho – irrisório diante do que esses mesmo clubes recebem em patrocínios e direitos de transmissão – torna-se uma verdadeira afronta para os torcedores.

Ainda de acordo com dados divulgados pelo Telegraph, o pagamento envolvendo a participação de crianças nos jogos, as chamadas mascotes, gerou cerca de £500 mil durante a temporada passada. Ao todo, cerca de 13 clubes da primeira divisão realizam a cobrança. Além da entrada em campo, o valor pago também garante uniforme completo e outros serviços de hospitalidade à família. Há casos, no entanto, que seria mais barato adquirir um carnê de temporada para a criança.

Hoje, o campeão de preço é o West Ham, comandado por David Moyes, que cobra £700 por criança nas partidas mais importantes da temporada. Já o Northwich, por sua vez, pede £379 por jogador – exceto para quem deseja entrar com o capitão, que precisa desembolsar £500. A preço é o mesmo exigido pelo Aston Villa, que também reserva uma das vagas para crianças de sua fundação.

Sem cobrança e casos mistos

Do outro lado da moeda, são sete os clubes que não cobram nada de suas mascotes: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Newcastle e Southampton. Aqui, a escolha é realizada por sorteio entre os sócios. Já durante Champions League, os valores são designados pela UEFA.

Ainda existem casos mistos, como do Tottenham ou do Leicester. As vagas sorteadas, no entanto, são escassas, ainda existindo avergonhosa incoerência de a fila ser furada por quem tem dinheiro. Já no Bournemouth, os lugares VIP são minoria, existindo apenas quatro no valor de £310. Outros seis lugares são oferecidos por valores mais populares, custando £40. Por fim, o Crystal Palace cobra £375, valor que pode cair para £100 se a mascote vier com o uniforme completo.