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História

Sôfie vence o câncer, após três anos de luta

16/09/2022 09H38

Jornal Ilustrado - Sôfie vence o câncer, após três anos de luta

Foi no dia 1º de dezembro de 2018 que a vida da Sôfie Regelmeier Nichetti, de apenas 2 anos e 11 meses à época, e de toda a família mudou. Naquela data, a mãe, Andreia Regelmeier, notou que a filha estava com febre e suspeitou de uma gripe. “No domingo de manhã, ela acordou para baixo, nós íamos almoçar na casa da minha mãe e a Sôfie se jogou no sofá e disse que estava cansada, eu percebi que tinha algo errado ali, porque ela sempre foi uma criança muito ativa”, conta Andreia.

O COMEÇO

No mesmo dia, Sôfie foi levada ao médico, com o diagnóstico de dor de garganta e a receita de alguns remédios para febre e antibiótico. A mãe relembra que não comprou o antibiótico, pois o diagnóstico era incerto. Durante a madrugada, Sôfie passou mal e a família retornou ao pronto-atendimento. Pela insistência dos pais, o médico solicitou exames de sangue e de urina.

“Nós fizemos o exame na segunda e na quarta-feira saiu o resultado. A Sôfie estava cada vez pior, com a pele muito branca e os olhos roxos. Quando fomos buscar o resultado, a chefe do laboratório disse que precisávamos refazer o exame e que o pediatra da Sôfie já estava ciente, porque era algo grave. Fomos ao pediatra e ele disse que a medula poderia ter parado de funcionar ou era algo mais greve e nos encaminhou para a Uopeccan. Quando ele falou essa palavra, meu coração disparou, porque sabemos o que é tratado na Uopeccan”.

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Internada no hospital, a equipe médica da oncopediatria solicitou uma biópsia, que foi enviada para análise, e no dia 8 de dezembro de 2018 o diagnóstico veio: leucemia linfoide aguda, câncer no sangue. E o tratamento teve início imediato.

O PROCESSO

A descoberta precoce do câncer foi parte essencial para o sucesso do tratamento, conforme explica a oncologista pediátrica da Uopeccan Carmem Fiori. “O diagnóstico precoce pode aumentar a chance de cura de uma criança e adolescente com câncer, a atenção dos pais pode ser decisiva para o diagnóstico rápido, assim como a atenção dos profissionais da saúde no alerta do que pode ser câncer”.

A VITÓRIA

Para alcançar a cura do câncer, foram três anos de adaptações e cuidados extremos. A família, que é de Marechal Cândido Rondon, passou a morar em Cascavel por 3 meses, devido à proximidade ao hospital. “A gente sempre fazia tudo o que as médicas pediam, quanto a alimentação, horário correto para medicar no início, porque era a cada 3 horas”, relembra Andreia.