Cotidiano

POLÍCIA CIVIL

Sobe para 32 o número de vítimas de golpe financeiro aplicado por pastor em Umuarama

05/10/2022 18H04

Jornal Ilustrado - Sobe para 32 o número de vítimas de golpe financeiro aplicado por pastor em Umuarama

O número de vítimas que procurou a delegacia da Polícia Civil de Umuarama, relatando perda de dinheiro em golpe financeiro aplicado pelo pastor evangélico Marcos Eliandro da Costa subiu para 32 até o fim da tarde desta quarta-feira (5). A cifra do prejuízo já passa dos R$ 4 milhões divulgados na segunda-feira (3), pela Polícia Civil. O pastor até o momento não foi localizado. As informações são da Polícia Civil.

Em nota, o delegado-chefe da 7ª SDP, Gabriel Menezes, informou que algumas vítimas registraram o boletim de ocorrência pela internet e não relataram o valor do prejuízo. Com isso, a princípio, a contabilização do valor do golpe ainda não foi fechado. E a polícia acredita que novas vítimas possam aparecer, uma vez que Costa teria começado a agir há 10 meses, em janeiro de 2022.

“Estamos organizando a documentação recebida e instruindo as investigações”, consta em nota.
O suspeito ainda não foi ouvido por estar desaparecido e também não encaminhou qualquer representante leal para se manifestar. Ele não é considerado foragido porque não existe mandado de prisão expedido contra ele.


O golpe

Segundo a Polícia Civil, Marcos Eliandro da Costa se apresentava como pastor e oferecia investimentos na bolsa de valores com taxa mensal de 6% ao mês e afirmava ter inclusive uma instituição bancária com atuação em todo o país como garantidora do negócio. Como garantia deixava contratos ou notas promissórias.

O percentual é muito acima do praticado no mercado financeiro e mesmo na bolsa de valores. “Agora estamos investigando se ele de fato captava os valores e aplicava na bolsa de valores e fez maus investimentos, se existiu efetivamente algum investimento ou se ele apenas captava o dinheiro”, afirmou o delegado Gabriel Menezes em entrevista coletiva na segunda-feira.

Segundo o policial, há relatos de algumas das vítimas de que teriam recebido valores a título de juros por alguns meses, mas que os pagamentos cessaram e o suspeito desapareceu. Em apenas um dos casos, o prejuízo deixado foi de R$ 1,340 milhão. Funcionários que atuavam na empresa do suspeito também ficaram sem receber salários e acerto trabalhista.

Crimes

“Agora vamos apurar se o crime é apenas de estelionato ou se pode ser também contra a economia popular ou contra o sistema financeiro”, esclareceu o delegado-adjunto da 7ª SDP, Adaílton Ribeiro Júnior, que está a frente das investigações do caso.

Alerta

O delegado alerta para que antes de investir em promessas de lucros excessivos as pessoas se atentem para fazer uma verificação mais atenta. “Desconfie de promessas de ganhos excessivos. Grandes investidores mundiais têm em média rendimento de 20% anual. Ele prometia 70% ao ano”, afirmou Gabriel Menezes.