RESGATE
Na última quinta-feira (3), o Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou sete trabalhadores paraguaios que viviam em situação análoga à escravidão no município de Pérola. As autoridades informaram que os trabalhadores foram submetidos a condições desumanas enquanto trabalhavam na plantação e colheita de mandioca.
Segundo relatórios do MPT, os trabalhadores estavam alojados na cidade e se dirigiam diariamente à roça, onde enfrentavam jornadas exaustivas e condições degradantes. Alguns dos trabalhadores estavam nessa situação há quatro meses, outros há seis meses e alguns por um ano inteiro.
Após o resgate, foi estabelecido um acordo para que o pagamento dos salários devidos fosse efetuado na tarde desta sexta-feira, dia 4, nas dependências do Ministério Público do Trabalho em Umuarama. Além disso, está sendo organizado o retorno seguro dos trabalhadores para suas cidades de origem no Paraguai, com o acompanhamento do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) até Guaíra (PR).
De acordo com informações do MPT, uma mulher acompanhada de um filho adolescente estava entre os trabalhadores resgatados, mas ela havia deixado o local alguns dias antes da chegada das autoridades. As investigações estão em andamento para esclarecer a situação dessa mulher e para responsabilizar os envolvidos na exploração desses trabalhadores.
O responsável pela exploração dos trabalhadores deverá responder a um Inquérito Civil Público no Ministério Público do Trabalho, podendo também enfrentar acusações criminais por redução à condição análoga à escravidão perante o Ministério Público Federal.
O Ministério Público do Trabalho informou que está empenhado em garantir que os direitos dos trabalhadores sejam restabelecidos e que eles possam retornar ao Paraguai com dignidade e segurança.