EM UMUARAMA
Cerca de 50 pessoas participaram de uma sessão de cinema especial para autistas na noite de quarta-feira, 26, realizada pela Divisão de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a empresa Cinelaser e o Shopping Palladium. A entrada foi gratuita para a exibição do filme de animação “Super Mario Bros” e as crianças ainda ganharam pipoca e bebidas (água, suco e refrigerante).
A sessão reuniu crianças assistidas pelo Serviço de Atendimento Psicológico (SAP), acompanhadas pelos pais ou responsáveis. “Além da exibição com estímulos reduzidos, tomamos os cuidados para garantir momentos de lazer e descontração, assegurando a inclusão social das pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) e familiares”, disse a coordenadora da Divisão de Saúde Mental, Nathalia Ynae Marrique Giroldo.
Segundo ela, o momento foi pensado com carinho visando a conscientização sobre o espectro autista e a importância da inclusão social das pessoas com o transtorno na sociedade. “O espaço para a recepção no shopping foi todo decorado com as fotos dos nossos pacientes em atendimento”, acrescentou Nathalia, agradecendo a parceria do cinema e do Shopping Palladium, que possibilitou a exibição.
Neste mês, a Divisão de Saúde Mental realizou uma série de ações sobre o autismo. A programação começou com passeata em conjunto com os pais de crianças autistas, no último dia 1º. No dia 2 uma mesa redonda reuniu vários profissionais no Centro Cultural Vera Schubert, onde o transtorno foi abordado de forma aberta. De 13 a 20 ocorreu uma capacitação com médicos das unidades de saúde e pediatras sobre os marcos de risco, como identificar e sua importância para a intervenção precoce.
No dia 14, uma roda de conversa esclareceu dúvidas e orientou a comunidade sobre o convívio com pessoas autistas, reunindo familiares de crianças e adolescentes com TEA no Centro da Juventude (Ceju), sob a condução da psicóloga e especialista na área, Renata Ortiz.
“Buscamos capacitar de forma constante os profissionais das unidades de saúde sobre os marcos de risco do desenvolvimento infantil, avaliação e diagnóstico do transtorno, e também as famílias para conviverem melhor com o autista, visando o seu desenvolvimento e a inclusão social”, completou o secretário da Saúde, Herison Cleik da Silva Lima.
Para isso a Secretaria de Saúde também criou um projeto intitulado ‘Ser Família’, pelo qual mensalmente serão reunidos os pais dos 126 pacientes (participação voluntária) que quiserem ampliar os conhecimentos, desenvolver atividades e habilidades para trabalhar com as crianças em casa e aumentar a eficácia do tratamento.