Umuarama

Coronavírus

Sesa desativa últimos leitos exclusivos para atendimento da covid-19, em Umuarama

23/12/2021 09H16

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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) vai desativar, no dia 1º de janeiro de 2022, os últimos leitos exclusivos para atendimento de pacientes com covid-19 do hospital Uopeccan de Umuarama. A medida foi tomada após a redução do número de infectados pela doença na cidade e região, mas os hospitais da cidade terão de manter espaços próprios, caso apareçam pacientes.

Atualmente o hospital Uopeccan é a referência para o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para covid-19 de Umuarama e região e conta com 10 leitos COVID, sendo cinco para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco para enfermaria. Além de 10 leitos que estavam de retaguarda. “O Governo do Paraná criou os novos leitos para o enfrentamento da covid-19. Mas com a redução de casos da doença não existe a possibilidade de manter o pagamento de tais leitos extras, pois também, é necessário justificar o pagamento de leitos parados”, explicou a diretora da 12ª Regional de Saúde, Viviane Herrera.

Ainda segundo a entrevistada, os pacientes com suspeita e confirmados para covid-19 serão atendidos por todos os hospitais de Umuarama e tais instituições de saúde precisam se preparar para isso. “Os hospitais serão responsáveis pelos pacientes covid-19 e precisam se adequar, como já fazem para atender outras doenças infectocontagiosas que existem” explicou Viviane.

A ação de fechar os leitos deixou a comunidade de Umuarama e região temerosa, o que levou alguns empresários a procurarem a redação do jornal Umuarama Ilustrado. Conforme os umuaramenses em questão, existe o temor do aumento de casos na cidade com a chegada das festividades do fim de ano e carnaval. Desta forma, sem os leitos, volta o medo de mais mortes e também de novos fechamentos dos comércios.

E as vacinas sem braços?

Após passar todo período da pandemia a frente a 12ª Regional da Saúde e consecutivamente junto dos 21 municípios da sua abrangência, Viviane Herrera alertou que a preocupação da população não devia estar voltada para a desativação dos leitos e sim para a vacinação. “Estamos com baixa adesão à 2ª dose e isso sim é fator agravante para a covid-19”, exclamou.

Conforme o setor de imunização da Regional de Saúde, 17 mil doses da vacina Pfizer estão congeladas em Curitiba, pois a comunidade de Umuarama e dos municípios da região deixaram de procurar as doses nas unidades de saúde. Os imunizantes permanecem na Secretária Estadual de Saúde (SESA), pois com a baixa procura da população, eles precisam ficar resfriadas em temperaturas negativas para manter a validade.

Só em Umuarama quatro mil pessoas não foram tomar a segunda dose da Coronavac e Astrazenica.

Sociedade Civil Organizada

A Sociedade Civil Organizada de Umuarama (Sociou) emitiu uma nota no fim da tarde de ontem ressaltando é contrária a decisão do fechamento dos leitos exclusivos para atendimento covid. Conforme nota, devido ao cenário mundial sobre a nova variante do vírus, a não participação da sociedade na deliberação do assunto, o pico de fluxo turístico no período das festas e demais fatores, a Sociou pede que as autoridades estaduais reconsiderem da decisão.

Na nota a organização ressalta que se necessário, se não em funcionamento, vidas poderão ser ceifadas no tempo de reativação.

Diretoria da Sociedade Civil Organizada de Umuarama:

  • Prof. Bruno Oliveira ( Unipar) – Presidente
  • Prof. Dorival Marcos ( UniALFA) – Vice Presidente
  • Prof. Carlos Dalla Nora ( IFPR) – Secretário
  • Prof. Rodrigo Tartari (UEM) – Tesoureiro
  • Dr. Kenny Gonçalves – Coordenador Executivo
  • Prof. André Turetta – Coordenador Executivo
  • Clóvis Bruno Filho – Coordenador Executivo
  • Aline Ruge – Coordenadora Executiva
  • Dr. Adriano Felisberto – Assuntos Jurídicos