Coronavírus
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) vai desativar, no dia 1º de janeiro de 2022, os últimos leitos exclusivos para atendimento de pacientes com covid-19 do hospital Uopeccan de Umuarama. A medida foi tomada após a redução do número de infectados pela doença na cidade e região, mas os hospitais da cidade terão de manter espaços próprios, caso apareçam pacientes.
Atualmente o hospital Uopeccan é a referência para o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para covid-19 de Umuarama e região e conta com 10 leitos COVID, sendo cinco para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco para enfermaria. Além de 10 leitos que estavam de retaguarda. “O Governo do Paraná criou os novos leitos para o enfrentamento da covid-19. Mas com a redução de casos da doença não existe a possibilidade de manter o pagamento de tais leitos extras, pois também, é necessário justificar o pagamento de leitos parados”, explicou a diretora da 12ª Regional de Saúde, Viviane Herrera.
Ainda segundo a entrevistada, os pacientes com suspeita e confirmados para covid-19 serão atendidos por todos os hospitais de Umuarama e tais instituições de saúde precisam se preparar para isso. “Os hospitais serão responsáveis pelos pacientes covid-19 e precisam se adequar, como já fazem para atender outras doenças infectocontagiosas que existem” explicou Viviane.
A ação de fechar os leitos deixou a comunidade de Umuarama e região temerosa, o que levou alguns empresários a procurarem a redação do jornal Umuarama Ilustrado. Conforme os umuaramenses em questão, existe o temor do aumento de casos na cidade com a chegada das festividades do fim de ano e carnaval. Desta forma, sem os leitos, volta o medo de mais mortes e também de novos fechamentos dos comércios.
Após passar todo período da pandemia a frente a 12ª Regional da Saúde e consecutivamente junto dos 21 municípios da sua abrangência, Viviane Herrera alertou que a preocupação da população não devia estar voltada para a desativação dos leitos e sim para a vacinação. “Estamos com baixa adesão à 2ª dose e isso sim é fator agravante para a covid-19”, exclamou.
Conforme o setor de imunização da Regional de Saúde, 17 mil doses da vacina Pfizer estão congeladas em Curitiba, pois a comunidade de Umuarama e dos municípios da região deixaram de procurar as doses nas unidades de saúde. Os imunizantes permanecem na Secretária Estadual de Saúde (SESA), pois com a baixa procura da população, eles precisam ficar resfriadas em temperaturas negativas para manter a validade.
Só em Umuarama quatro mil pessoas não foram tomar a segunda dose da Coronavac e Astrazenica.
A Sociedade Civil Organizada de Umuarama (Sociou) emitiu uma nota no fim da tarde de ontem ressaltando é contrária a decisão do fechamento dos leitos exclusivos para atendimento covid. Conforme nota, devido ao cenário mundial sobre a nova variante do vírus, a não participação da sociedade na deliberação do assunto, o pico de fluxo turístico no período das festas e demais fatores, a Sociou pede que as autoridades estaduais reconsiderem da decisão.
Na nota a organização ressalta que se necessário, se não em funcionamento, vidas poderão ser ceifadas no tempo de reativação.