SERENIDADE

“O segredo para viver uma vida tranquila é adquirir a capacidade de esquecer aquilo que precisa ser esquecido.”(Jonas Gabriel).

A serenidade normalmente surge com a maturidade: as pessoas maduras são mais cometidas. A expressão retrata “o sentimento daquilo que está tranquilo, manso e suave”. A origem da palavra serenidade (que é um substantivo feminino) vem da mesma raiz do termo ‘sereno’ e ambas derivam do latim serenus, que originou os termos serenitas e serenidade.

Pessoas serenas se apresentam ser mais polidas e sensatas e dificilmente são influenciadas por fatores internos e externos, pois elas demonstram ter atitudes e, em geral, são bastantes assertivas, pois tem a sua tranquilidade nos alicerces da calma e da ponderação.

Reconhecem-se essas pessoas facilmente quando as mesmas não se deixam levar por emoções ou impulsos, mas agem de forma temperada e racional. Consequentemente, elas evitam problemas e o resultado de suas ações são mais acertadas e mais justas.

Sabe-se que em ambientes tranquilos pode contribuir para a serenidade. A sensação desse sentimento está associada ao equilíbrio e ao sossego, é comum ligá-lo a cor azul, cuja tonalidade transmite calma e relaxamento a quem a utiliza.

Por essas razões aserenidade muitas vezes é um longo processo que requer ponderação e equilíbrio, e o tempo poderá ser favorável a sua aquisição.

Serenidade pode ser ainda sinônimo da expressão ‘cometimento’. Em geral esse tipo de pessoa não apresenta descontroles e mantem um comportamento estável.

Classifica-se como serenidade a pessoa dotada com a capacidade para enfrentar seus problemas e apresentar possíveis soluções de situações adversas de forma pacífica, calma e inteligente.

Assim como as pessoas, a palavra ‘serenidade’ também pode ser empregada aos fenômenos da natureza para descrever as condições físicas ou comportamentais de ambientes, plantas e animais, como exemplo, na frase “Em certa manhã caiu uma chuva serena que foi capaz de aguar as plantas do jardim da praça”.

Para o filósofo Norberto Bobbio, “a serenidade é uma virtude passiva e que está ligada a não violência. Todavia, a mesma não deve ser confundida com a submissão”.

A palavra serenidade foi fonte inspiradora da oração com o mesmo título: SERENIDADE:

Concedei-me, Senhor a serenidade necessária
Para aceitar as coisa que não posso modificar.
Coragem para modificar aquelas que posso e
Sabedoria para conhecer a diferença entre elas. (autoria atribuída ao teólogo protestante Reinhold Niebuhr).

Nesta oração é possível verificar a força que a expressão exerce sobre nossas condutas no nosso cotidiano.

Daí a sua importância para resolução de possíveis problemas. É evidente que nem sempre concordamos com algumas questões que estão a nossa volta, mas é fundamental respeitá-las. Na eventual persistência do problema, tente se afastar dele.

Afinal, nem todas as coisas acontecem da maneira como gostaríamos e de acordo com os nossos posicionamentos.

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Ernesto de Sousa Ferraz Neto é professor na rede pública de ensino.