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Seminário em Umuarama aborda violência política de gênero e participação feminina nas eleições

16/05/2024 17H43

Jornal Ilustrado - Seminário em Umuarama aborda violência política de gênero e participação feminina nas eleições

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), realizou na manhã desta quinta-feira (16), em Umuarama, o 4º Seminário de Violência Política de Gênero. O evento, organizado em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR), discutiu a importância da inclusão feminina no cenário político e os desafios enfrentados pelas mulheres neste contexto.

Realizado na sede da subseção da OAB Umuarama, o seminário contou com palestras que abordaram a participação das mulheres nas eleições, a construção de sociedades inclusivas e o papel da Justiça Eleitoral na garantia dos direitos políticos das mulheres. Anteriormente, o evento ocorreu em Curitiba, Londrina e Guarapuava. Após a etapa em Umuarama, os próximos seminários serão realizados em Cascavel, no dia 20 de maio, e em Ponta Grossa, em data a ser definida.

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A secretária estadual da Mulher, Leandre Dal Ponte, esteve presente na solenidade de abertura em Umuarama, acompanhada de representantes dos órgãos parceiros e autoridades locais. Em sua fala, Dal Ponte enfatizou a relevância do tema em um ano eleitoral e destacou os obstáculos que impedem a participação das mulheres na vida pública, com ênfase na violência política.

Dal Ponte afirmou que a violência política de gênero é um dos principais fatores que desencorajam as mulheres a se engajarem no processo político. Ela ressaltou que, ao presenciarem outras mulheres sendo humilhadas e discriminadas durante suas campanhas ou mandatos, muitas se sentem desmotivadas a seguir o mesmo caminho.

“Eu sou deputada federal pelo terceiro mandato. Participei de quatro eleições e sei bem o quanto que uma eleição não é uma caminhada fácil”, declarou a secretária. Ela destacou que, embora a candidatura seja desafiadora para qualquer pessoa, as mulheres enfrentam barreiras adicionais, como a sobrecarga de responsabilidades domésticas e profissionais, que deveriam ser compartilhadas.

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Dal Ponte também discutiu o impacto negativo de um ambiente político agressivo e desrespeitoso, que frequentemente faz as mulheres se sentirem inferiorizadas e discriminadas. Ela defendeu que uma democracia só será mais robusta quando houver uma representatividade paritária, refletindo a composição da população brasileira, onde as mulheres são ligeiramente mais numerosas que os homens, com cerca de 52%.

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A secretária apontou a discrepância de gênero no Congresso Nacional, onde, das 513 cadeiras, apenas 91 são ocupadas por mulheres, número que caiu para 90 devido à sua licença para liderar a Semipi. “Eu não tenho dúvidas que se mais mulheres participassem da política, as leis que estamos discutindo e votando hoje seriam diferentes”, afirmou Dal Ponte, sugerindo que as prioridades do país também seriam outras.

Ela concluiu que a violência política é uma das causas mais perversas que afastam as mulheres da política e que é necessário abordar a raiz do problema para promover uma participação feminina mais ampla e efetiva.

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