Cotidiano

OPERAÇÃO SPOLIARE

Quatro policiais rodoviários federais são presos por suspeita de venda de contrabando apreendido

10/08/2023 15H29

Jornal Ilustrado - Quatro policiais rodoviários federais são presos por suspeita de venda de contrabando apreendido
Foz do Iguaçu/PR. A Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) – Deflagraram a Operação Spoliare, para desarticular esquema envolvendo servidores públicos suspeitos de desvio de mercadorias apreendidas. Foto: Polícia Federal/PR

Quatro policiais rodoviários federais, sendo um aposentado e dois particulares, foram presos por suspeita de participação em esquema de desvio de mercadorias apreendidas pela corporação na região Oeste do Paraná.

Entre os policiais presos, dois também foram autuados em flagrante por porte de granadas e de munições de fuzil. Um deles ainda foi autuado pelo crime de descaminho. Um civil não foi encontrado e é considerado foragido.

Outros sete policiais rodoviários federais investigados serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar, dentro da própria PRF, que pode resultar na pena de demissão, respeitado o devido processo legal. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Mandados

No total foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, 7 mandados de prisão cautelar, 11 mandados de afastamento da função pública e 2 mandados de sequestro de bens. Em balanço parcial divulgado no fim da manhã, foram contabilizados pela Polícia Federal a apreensão de R$ 434 mil em espécie, 84 celulares;3 veículos; 2 laptops; 1 HD;15 MacBooks;2 iPads e uma mala com amostras de medicamentos.

A Operação Spoliare foi deflagrada na manhã desta quinta-feira Polícia Federal – PF em Foz do Iguaçu/PR e a Polícia Rodoviária Federal(PRF) – através de sua Corregedoria. Na região Oeste os mandados foram cumpridos ao longo da BR-272, principal rodovia usada por contrabandistas para entrada de mercadorias no país.

Foram cumpridos mandados nas cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu/, Medianeira, Céu Azul, Cascavel, Toledo, Telêmaco Borba, Curitiba e São Paulo/SP. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu/PR.

Investigação

A investigação teve início com a Corregedoria PRF e evoluiu para a instauração de um procedimento na Polícia Federal e contou com o apoio do Ministério Público.

Segundo as investigações, os envolvidos realizavam vendas dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos, ou, contavam com auxílio de particulares para dar destinação ao material, normalmente enviado para o Estado de São Paulo.

Os servidores públicos envolvidos responderão por delitos funcionais previstos como crimes contra Administração Pública, e, se condenados, estarão sujeitos a penas máximas que somadas ultrapassam 30 (trinta) anos de prisão. Já os particulares, que em diversas situações agiram em conluio com aqueles, também responderão criminalmente por suas condutas.

O nome da Operação Policial é uma palavra de origem latina que significa “esbulhar da posse; privar de alguma coisa ilegitimamente, tirando-a por fraude ou violência; esbulhar da posse de alguma coisa; roubar.” fazendo alusão às condutas ilícitas praticadas pelos suspeitos. Nesta fase ostensiva das investigações houve a participação de mais de 150 policiais federais e 56 policiais da Corregedoria da PRF.