PERTO DO FIM?
O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, afirmou que já conseguiu uma vaga para Maycon Morette em uma penitenciária federal. A informação foi repassada agora a pouco ao advogado de Morette, José Nilson Figueiredo, que participa das negociações no local para que seu cliente se entregue.
Essa é uma das exigências feitas pelo criminoso que mantém reféns um idoso e o neto dele, um adolescente de 15 anos, há mais de 10 horas, na residência das vítimas, na Vila Rural de Ivaté, a 48 km de Umuarama. O segundo pedido do homem é que a imprensa acompanhe o momento de sua prisão.
Segundo o informado, após se render, o criminoso será levado para o Complexo Penal de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba e posteriormente encaminhado para uma prisão federal.
Maycon Morette é o último envolvido que ainda não foi capturado, após confronto com a Polícia Militar na noite de domingo, que resultou na morte do cabo Reinaldo Garozi, que era comandante da Rotam na cidade e de dois comparsas do criminoso. Um terceiro veio a óbito dois dias após, em Terra Boa, após nova troca de tiros com a polícia.
A área do cerco a Morette foi estendida ainda na quarta-feira e na tarde de quinta-feira a polícia já tinha informações de que o fugitivo estaria escondido na área rural de Ivaté. Com o auxílio de termo sensores e drones, o homem foi encontrado por volta das 3 horas, próximo a vila rural do município, que abriga ao menos 70 famílias. Ele invadiu uma das casas e fez os reféns.
Uma moradora, de 70 anos, que preferiu não se identificar, disse ao Ilustrado que estava com muito medo e que nunca passou por nada semelhante. “A polícia disse para a gente ficar dentro de casa e não sair de jeito nenhum”, afirmou.
Em entrevistas dadas por Hudson Teixeira e pelo coronel Pascoal ao longo do dia, foi ressaltado que durante todo o período, Morette se mostrou instável, com picos de alteração e agressividade. Ele esta com um ferimento na mão, para o qual negou precisar se atendimento e armado com ao menos uma pistola.
Toda a negociação foi acompanhada por um representante do Ministério Público da comarca de Icaraíma, além do advogado do suspeito.
