BRASILEIRÃO
Com direito a pintura do artilheiro Marcos Leonardo, o Santos voltou a comemorar uma vitória no Brasileirão nesta segunda-feira. Na Vila Belmiro, recebeu o lanterna Juventude e confirmou o favoritismo, goleando por 4 a 1, abrindo 10 pontos da zona de rebaixamento e resgatando o sonho de ainda brigar pelo G-8.
Depois de uma primeira etapa ruim, Orlando Ribeiro ajustou a equipe com três trocas no intervalo e o Santos deslanchou na fase final, com o artilheiro Marcos Leonardo deixando sua marca em belo gol por cobertura e com o questionado Madson também indo às redes. Lucas Braga anotou em dose dupla e foi um dos destaques do time.
O Santos ainda figura na segunda parte da tabela de classificação, no 11° lugar, com 40 pontos, mas se afastou de vez de qualquer risco de queda. São 10 pontos acima do Cuiabá, primeiro da zona de descenso. Já para o G-8, a distância é de somente 5 pontos do América-MG.
Melhorar o rendimento como visitante neste fim de temporada pode fazer o time santista brigar por algo grande no Brasileirão. Na segunda-feira o time vai até Bragança Paulista encarar o instável Red Bull Bragantino, tentando ganhar a terceira longe da Vila Belmiro para entrar de vez na briga pela Libertadores.
Com a suspensão de Nathan e a contusão de Madson (fratura na mão), Auro herdou a vaga na lateral direita. Orlando Ribeiro também mexeu na armação, com Lucas Barbosa ganhando a vaga de Luan para proporcionar mais velocidade na frente.
Antes de a bola rolar, o Santos fez uma homenagem ao Outubro Rosa com 11 mulheres do grupo Meninas do Peito acompanhando os jogadores ao gramado. O goleiro João Paulo, com camisa rosa, entrou acompanhado de sua mãe, Dona Néia, que venceu o câncer de mama.
Sob a bênção da mãe, a quem deu carinhoso beijo, João Paulo foi logo salvando o Santos no primeiro minuto, defendendo chute de Moraes que ia no ângulo. Sem jamais ganhar na Vila Belmiro, o Juventude se aventurava nos contragolpes aproveitando erros de passes do Santos.
Precisando da vitória para voltar a sonhar com o G-8 e, ao mesmo tempo, espantar a má fase dos últimos jogos, com cinco derrotas em seis partidas, a ordem era pressionar. Mas a dificuldade imposta pelos gaúchos, com forte marcação, obrigavam os paulistas a apelarem aos chuveirinhos.
Antes da primeira finalização do Santos, o Juventude voltou a assustar, com Chico acertando a trave em cobrança de falta. Quando o time da Vila Belmiro finalmente conseguiu encaixar uma jogada, tirou o zero do marcador, em lambança da defesa rival.
Cruzamento para a área, Paulo Miranda tenta afastar e acerta seu companheiro. A bola sobra para bomba de Sánchez e milagre de Pegorari. No rebote, gol de Lucas Braga e festa enorme dos jogadores.
Desgostoso com apresentação do time, mesmo com a vantagem no marcador, Orlando Ribeiro colocou reservas no aquecimento com 35 minutos de jogo. A marcação era relaxada e o ataque confuso, o que não o agradava.
Orlando Ribeiro mexeu em dose tripla no intervalo. E reforçou a marcação com Sandri, sem esconder que o Santos é quem tinha de jogar no contragolpe. Mais compacto, o Santos melhorou. E quase ampliou de cara. Despercebido no primeiro tempo, Marcos Leonardo soltou a bomba de fora da área e lamentou errar o alvo por pouco
Na segunda chance, porém, não decepcionou. Recebeu lançamento preciso de Ed Carlos, ganhou na velocidade de Paulo Miranda e encobriu Pegorari em toque de classe. Festejou com a torcida. Retornando de lesão e ainda sob cobrança da arquibancada Madson ampliou de cabeça, aos 17 minutos. Mas preferiu por um festejo silencioso, sentado no gramado.
O sufoco sofrido nos 45 minutos iniciais não se repetiu na fase final. Na verdade, só o Santos jogava. Aos 29, Lucas Braga deixou Ângelo na cara do goleiro para ele desencantar na Vila. O jovem, porém, optou por devolver ao companheiro, que livre, transformou a vitória em goleada.
A torcida fazia festa e gritava pela entrada do garoto Miguelito, atacante boliviano de 18 anos, quando Bruno Nazário bateu de longe e diminuiu. Orlando Ribeiro atendeu a torcida e escalou o jovem, que estava com cabelo raspado pelo trote dos companheiros. Com seus dribles, arrancadas e uma finalização perigosa, ele garantiu a festa até o apito final.