Cotidiano

CASO RISS

Réu nega ter matado pastor, mas diz que após crime foi tomar cerveja com autor

10/12/2018 17H42

CASO RISS Réu nega ter matado pastor, mas diz que após crime foi tomar cerveja com autor
O depoimento do réu Mateus Miante ocorreu durante a tarde de segunda-feira (10)

Umuarama – O ajudante de pedreiro Mateus Miante, 20 anos, negou que tenha matado o pastor luterano Augusto Rodolfo Riss, mas afirmou que após o crime foi tomar cerveja em um bar com o autor do crime.

A afirmação foi feita em depoimento na tarde de segunda-feira (10), durante o julgamento do caso, que acontece desde a manhã no plenário do Tribunal do Júri de Umuarama.

Segundo Miante, apesar de ter agredido a vítima com socos e chutes, ele não teria participado da execução do pastor, morto a pedradas. O crime ocorreu no fim da tarde do dia 15 de fevereiro de 2017 e descoberto dois dias depois por familiares e amigos da vítima, que encontraram o corpo do religioso no interior do bosque.

TOMAR CERVEJA

Em depoimento o acusado ainda afirmou que quem desferiu as pedradas que mataram a vítima foi o adolescente. “Eu empurrei e dei um soco nele e depois sai correndo. Só escutei os gritos do adolescente me chamando. Saímos dali e fomos tomar uma cerveja”, relatou em depoimento. Miante ainda negou que o sangue encontrado em suas roupas seriam do religioso.

Em um momento de contradição, o réu negou que conhecesse a vítima, apesar de em depoimentos anteriores afirmar que seria perseguido pelo pastor. “Eu só disse isso porque meu advogado me orientou”, afirmou. A defesa do caso é do criminalista Luciano Gaioski.

Neste momento o Ministério Público está concluindo a primeira parte dos debates. Na sequência, a defesa terá duas horas para se manifestar. A acusação está a cargo da promotora Sílvia Leme.

A DENÚNCIA

Pela denúncia, Miante é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e pela surpresa. Ele também está respondendo por corrupção de menores. A pena é de 12 a 30 anos.

Segundo o MP, o réu e o adolescente combinaram um encontro com a vítima e durante um desentendimento agrediram o pastor a socos e pontapés e na sequência desferiram pedradas na cabeça a vítima, que foram a causa efetiva da morte.