Umuarama

Inflação?

Reajustes dos combustíveis amargam o bolso do consumidor em pleno fim de ano

17/12/2019 09H35

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Alguns umuaramenses, principalmente quem conta o salário para quitar as dívidas mensais, estão sentindo no bolso os reajustes dos combustíveis, água, gás e entre outros produtos básicos de consumo. Para entrevistados, a conta não está fechando, logo em um período do ano em que a economia deveria aquecer.

A desvalorização do salário do trabalhador começa no posto de combustível. Conforme levantamento do Procon de Umuarama, em setembro deste ano o litro do etanol era cotada em média a R$ 2,88. Na última pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), do dia 8 de dezembro, a média do litro do combustível na cidade já havia subido para R$ 3,17. Porém, ao rodar pelos posto de combustíveis a reportagem encontrou o etanol sendo vendido entre R$ 3,25 a R$ 3,39 o litro – um reajuste chegou a 17% em alguns estabelecimentos.

O preço da gasolina também vem passando por reajustes ao longo dos últimos três meses. Em setembro, pelo levantamento do Procon, na média o litro da gasolina em Umuarama custava R$ 4,29. Já na pesquisa da ANP do dia 8 deste mês, a média do valor do litro do combustível chegou a R$ 4,47. Da mesma forma do etanol, a gasolina teve mais reajuste nos últimos dias e o combustível pode ser encontrado na cidade por R$ 4,63.

“Não é só o combustível. É só ir no mercado fazer a compra do mês que você vai ver o salário indo embora. Se não economizar é difícil pagar a conta de energia e água. Fico pensando a pessoa que precisa pagar aluguel. Estamos apenas sobrevivendo, pois viver tá difícil”, disse Maria Aparecida Montini.

ETANAL OU GASOLINA?

Para carros flex é preciso ter cautela ao escolher que forma abastecer. A principal diferença de preços e vantagens entre os dois combustíveis está na proporção preço X desempenho. Para o álcool ser mais vantajoso do que a gasolina, o preço do litro tem que custar até 70% do litro da gasolina.

Para fazer a conta é simples. Basta dividir o valor do litro do álcool pelo da gasolina. Se o resultado for menor que 0,7, abasteça com álcool. Se maior, escolha a gasolina. Exemplo: se o álcool custa R$ 3,25 e a gasolina R$ 4,49, o resultado da divisão do primeiro pelo segundo é 0,72, logo e mais vantajoso abastecer com gasolina.

ÁGUA E ESGOTO

Após ter o reajuste barrado pela justiça, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) liberou a Sanepar a cobrar os 3,76% de reajuste. O período em que o reajuste ficou suspenso, entre abril e novembro, será cobrado de maneira retroativa dos consumidores. Esse montante aparecerá nas faturas dos próximos seis meses, com início no dia 19 de novembro.

GÁS DE COZINHA

Outro item de consumo comum e que está pesando no bolso do assalariado é o gás de cozinha ou gás liquefeito de petróleo (GLP) para botijão de até 13 quilos. O produto vem recebendo consecutivos reajustes, sendo ó último e novembro de 4%. Em Umuarama o gás de cozinha é vendido entre R$ 80,00 a R$ 85,00.

CESTA BÁSICA

O preço da cesta básica em novembro subiu em nove das 16 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse). As altas mais expressivas ocorreram em Vitória (7,89%), Florianópolis (4,45%) e Campo Grande (3,12%). O levantamento do Dieese destacou ainda a tendência de alta nos preços da carne bovina de primeira, do óleo de soja e do feijão.

SALÁRIO DEFASADO

Com base na cesta mais cara, registrada em novembro em Florianópolis, o Dieese estipulou o valor que o salário mínimo deveria ser de R$ 4.021,39, ou 4,03 vezes o mínimo de R$ 998, para ser suficiente para suprir as despesas de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.